O vereador Zezinho Pereira (União Brasil) diz estar assustado com os recentes aumentos de impostos, taxas e tarifas pela Prefeitura de Piracicaba. O tema foi comentado pelo parlamentar durante o programa Primeiro Tempo, nesta segunda-feira (23), exibido ao vivo pela TV Câmara nos minutos que antecedem as sessões camarárias.

“A gente vê o empobrecimento e retrocesso da cidade. Vamos deixar registrado o nosso descontentamento e da população de Piracicaba. Todos os que eu encontro estão tristes com tudo isso”, afirmou. O vereador lembrou do aumento de mais de 14% na tarifa de água e esgoto. Ele defendeu que o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) deveria investir mais no controle  dos vazamentos das redes de água, o que reduziria as perdas e não haveria necessidade de aumento da tarifa.

“A Prefeitura tem muita lentidão para resolver as coisas. Nunca vi a cidade no mato que está, a Prefeitura fica penalizando quem tem terreno nos loteamentos, mas não faz a sua parte. Fica gerando imposto abusivo e as pessoas não tiveram esse aumento”, colocou. Para o vereador, com os aumentos, a tendência é que a lista de inadimplentes com o poder público fique ainda maior.

Zezinho Pereira lembrou também, na entrevista, que iniciou um trabalho de fiscalização do contrato firmado pela Prefeitura para a limpeza pública. “Esse contrato de limpeza pública precisa ter uma fiscalização efetiva. Para varrer 16 mil km na cidade, teria que ter 400 varredeiras. Como diz que varreu 8 mil km em distrito se nem tem rua asfaltada? Essa matemática não fecha”, pontuou. Outro serviço público que ele continua a fiscalizar é a falta de produtos para a merenda escolar “Com o frio que está, serviram leite e maçã para as crianças na escola. Com o dinheiro que tem para o contrato da merenda, fico imaginando que alguma coisa está errada”, afirmou.

O parlamentar mantém os questionamentos em relação à falta de ligações de água em loteamentos no Distrito de Ibitiruna. Ele disse que são comunidades antigas, que pagam IPTU e não recebem as ligações de água. O vereador está reunindo documentos para apresentar ao Ministério Público sobre a questão. “É inadmissível um monte de casas sem ligar a água e a rede passa na frente. Se não liga a água, não tem o esgoto. Aí a pessoa faz uma fossa e contamina o lençol freático”, argumentou.

Segundo o vereador, quem paga o preço pela ineficiência dos serviços públicos é a população. Por isso, ele defendeu que a Prefeitura deve responder os requerimentos, sem argumentar que são questões protegidas por sigilo, para que a Câmara possa investigar. “Se o vereador não tem acesso às informações, como vai fiscalizar?”, questionou. A entrevista completa com o vereador está disponível nesta página.