23 DE MARÇO DE 2018
Presidente da Associação dos Docentes da Universidade Metodista de Piracicaba e vereadora Coronel Adriana (PPS) participaram do "Câmara Convida," na tarde de hoje (23)
"Câmara Convida" é apresentado às sextas-feiras pela TV Câmara
“Reintegrados, mas, sem salários”. A afirmação é do presidente da Adunimep (Associação dos Docentes da Unimep) Milton Shubert Souto, durante o programa “Câmara Convida”, exibido pela TV Câmara na tarde de hoje (23). Ele se referia à situação de 60 docentes da Universidade Metodista de Piracicaba que foram demitidos em 21 de dezembro de 2017, “mas que ainda estão sem receber salários”.
Os docentes dispensados no ano passado estão passando pelo processo de reintegração depois que a Justiça do Trabalho deu ganho de causa à categoria. A multa é de R$ 1000,00 por profissional caso a instituição deixe de cumprir a decisão judicial. Os cortes, segundo Souto, não se restringiram apenas à Unimep e, sim, no Colégio Piracicabano, que é o mantenedor da universidade.
“Uma vez reintegrados eles não terão mais direito às verbas rescisórias, mas, em compensação, têm direito a salários. Não há nada oficial sobre o pagamento dos salários de janeiro, fevereiro e março”, relatou Souto.
O titular da Adunimep destacou que os servidores passaram por diversas crises financeiras. Uma delas ocorreu em 1985. “Nós, professores, chegamos a fazer empréstimos pessoais para ajudar a tirar a Unimep da crise”. Outra iniciativa dos funcionários, segundo Milton Souto, foi a doação de 15% dos vencimentos em favor aos caixas da instituição. Ele lembrou que, em todos os episódios, a reitoria da Unimep negociou com o professorado que, segundo ele, “não está ocorrendo agora”.
Na entrevista que concedeu à TV Câmara frisou que a Unimep perdeu a autonomia acadêmica e financeira. “Hoje o comando central fica em São Bernardo do Campo (SP) com a Rede Metodista de Educação”. Além de Piracicaba, a universidade tem campi em Santa Barbara d’oeste (SP) e Lins (SP).
Em 2017 houve diversos protestos de alunos e funcionários questionando a troca dos programas de computadores, responsáveis pelo gerenciamento acadêmico e financeiro da Unimep. “A universidade precisando de dinheiro e o aluno não conseguindo pagar os boletos da faculdade. Isso foi e continua sendo o maior transtorno”.
Souto finalizou sua participação com o desejo de ser chamado pela direção geral do IEP (Instituto Educacional Piracicabano) para negociar os impasses, envolvendo salários, e condições de trabalho, dos docentes.
SEGURANÇA - O segundo bloco do programa contou com a participação da vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes (PPS) – a Coronel Adriana.
Ela citou três projetos de sua autoria: o que criou o Fórum Permanente da Segurança Pública, já aprovado pelo plenário; o texto que garante a regulamentação do trabalho dos flanelinhas (guardadores de carros) - ainda em tramitação pelas comissões permanentes da Câmara – e o que fiscaliza ferros velhos.
Tenente-Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a vereadora Adriana explicou que o fórum da segurança pública sofreu alterações. “Antes se convidava inúmeras instituições que tinham assento nas discussões, sendo que as atividades não caminhavam da forma que tinha de ser.” A nova proposta, de acordo com a parlamentar, contempla interessados para determinados assuntos específicos. “Por exemplo: se eu tenho um problema na zona rural eu vou chamar os produtores rurais e as forças de segurança, e não diretores de faculdades, o que acontecia nas reuniões anteriores. Hoje o trabalho é mais específico e com resultados mais rápidos”.
Adriana ainda detalhou o texto que regulamenta a profissão de flanelinha na cidade. “Quando tem jogo do XV um grande número de guardadores de carros fica nas imediações do estádio. Em uma partida que eu fui tinha 16. Não pode. É preciso regulamentar a área de atuação e o preço a ser cobrado”.
Outro projeto da vereadora – aprovado em plenário e sancionado pelo prefeito – multa os estabelecimentos que comercializam ferros velhos caso não comprovem a origem da sucata. Ela exemplifica alegando que são comuns os furtos de fio de cobre e de baterias de torres de celular, que são repassados aos ferros velhos. “No meu projeto, se não comprovar a origem dos produtos, a Prefeitura pode cassar o alvará de funcionamento. Você tem que quebrar o ciclo. Se não tem pra quem vender, não vai furtar ou roubar”, concluiu.
(Assista no player à reportagem veiculada pelo "Jornal da Câmara".)