09 DE AGOSTO DE 2019
Conselheiro apresentou demandas após realização da Segunda Conferência Municipal do Idoso
Clovis Misawa esteve na Câmara nesta quinta-feira (8), na 40ª reunião ordinária
Clovis Misawa, um dos conselheiros do CMI (Conselho Municipal do Idoso), da gestão de 2018-2020, ocupou a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na noite desta quinta-feira (8), na 40ª reunião ordinária. Ele apresentou as demandas da 2ª Conferência Municipal do Idoso, que ocorreu nos dias 19 e 20 março deste ano, no Sesc Piracicaba. Dos 150 participantes do evento, 80 eram delegados que elencaram as propostas. Todos os gabinetes da Casa receberam o relatório final da conferência.
O orador ressaltou alguns pontos importantes das demandas. O primeiro foi a questão da saúde, presente no eixo temático 1, no qual constam os direitos fundamentais na construção/efetivação das políticas públicas. Nessa área, do âmbito municipal, prevê cumprimento de lei federal, no caso o Estatuto do Idoso, no que se refere ao atendimento prioritário na área de saúde no município de Piracicaba. “O que as pessoas querem não é muita coisa, é apenas que a lei seja cumprida. Sabemos que a demanda na área de saúde é grande, mas que seja feita a garantia de atenção ao idoso”, disse Clovis.
O eixo temático 2, educação, assegura direitos e emancipação. Clovis destacou a intensificação de ações de informação/orientação de direitos sobre as concessões de benefícios socioassistenciais, programas e serviços intersetoriais municipais que atendem a população idosa. “Os idosos têm que saber os seus direitos. Nós sabemos que o município oferece muitos serviços para idosos, através das suas secretarias, mas o grande problema é a informação pulverizada. Onde estão as informações de que os idosos possam buscar os serviços aqui no município?”, questionou o conselheiro.
Para ele, não adianta expender recursos, mas, mesmo assim, não atingir a população. Um dos exemplos apresentados pelo munícipe é a Campanha de Vacinação da Gripe, que nunca consegue atingir a população em 100%. “Por que será? Falta de informação? O público que se destina a isso está tendo acesso a esse serviço?”, indagou.
Ainda no eixo temático 2, Clovis reforçou a demanda de educação continuada para profissionais das diferentes áreas da rede pública, para atendimento adequado e humanizado da população idosa. O orador destacou que os idosos em si são diferentes e não conseguem captar a informação como outras pessoas. “O atendente, o servidor público tem que ter essa capacitação, para que assim que o idoso chegue, ele possa melhor atender, seja ele em um transporte público ou em uma Unidade Básica de Saúde”, advertiu.
Durante a Conferência também foi realizada uma moção de apelo ao município, pelo cumprimento da lei 10.741/2003, Estatuto do Idoso, artigo 15, capítulo 4, que prevê que em todo atendimento de saúde maiores de 80 anos terão preferência especial aos demais idosos, exceto em casos de emergência. “O conselho também trabalha com políticas públicas e uma delas é com a prefeitura: o trabalhar prioridade sobre prioridade. Idosos acima de 80 anos têm prioridade acima dos de 60, e isso é uma lei federal, colocada em 2017 pelo ex-presidente Michel Temer, que muitos ainda não sabem que existe”, contou.
Após Clovis mencionar que algumas conferências foram canceladas, a vereadora Nancy Thame (PSDB) reforçou a responsabilidade do estado e do município para que isso não aconteça. “Não só essas, mas como as de assistências e ambientais. Se nacional não tem, temos que trazer o estado e o município”, reforçou.
O vereador Pedro Kawai (PSDB) agradeceu a presença do orador e colocou o Departamento de Comunicação da Câmara à disposição para ajudar na divulgação das informações que faltam. “Acho que o Legislativo tem os mecanismos, como a TV Câmara, rádio e site para ajudar nisso. Nós podemos criar um plano de divulgação e orientação”, disse.