04 DE JUNHO DE 2024
Vereador Paulo Campos, autor da moção de apelo, alerta para prejuízos causados pela aprovação automática de estudantes
Texto foi aprovado na 33ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (3)
O governador Tarcísio de Freitas receberá a moção de apelo 125/2024, para considerar a revogação da aprovação automática de estudantes da Rede Pública das Escolas Estaduais. Segundo o vereador autor da propositura, Paulo Campos (Podemos), a responsabilidade tem sido deixada inteiramente para os professores, que se veem obrigados a lidar com salas superlotadas e alunos que não possuem as habilidades básicas de alfabetização. O texto foi aprovado na 33ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (3).
Campos argumenta que a aprovação automática tem gerado resultados prejudiciais, pois as famílias não se sentem responsáveis pelo desempenho educacional de seus filhos. Ele critica o foco do sistema educacional em "falsos ensinos" e reprovações, sem incentivar o interesse das famílias no processo escolar. O vereador também lamenta o estado da educação no país e responsabiliza os "especialistas" pelo que considera um desastre educacional.
O vereador defende uma mobilização pela participação das famílias na educação e critica que alunos estejam sendo aprovados sem dominar conceitos básicos de escrita e matemática. "A progressão gera um prejuízo muito grande às crianças e adolescentes. Cada ente da federação tem autonomia para revogar essa lei maléfica. Converso com adolescentes da sétima e oitava séries com dificuldades na leitura e na fala", disse o vereador, na tribuna da Câmara.
Após a aprovação da propositura, também justificaram o voto favorável à moção de apelo o vereador Acácio Godoy (Avante). "Um dos problemas está no vínculo da remuneração dos professores aos índices de aprovação. Se a escola eventualmente ultrapassar aquele índice, compromete o abono dos professores. Estamos gerando analfabetos funcionais", argumentou o parlamentar.