O ex-prefeito Adilson Maluf atuou como chefe do Executivo em dois períodos, pelo extinto partido MDB (Movimento Democrático Brasileiro): entre 1973 e 1977 e, depois, de 1983 a 1988. Logo na sua primeira gestão, em 1974, a cidade assistiu ao processo que reverteu a água dos rios Jaquari e Atibaia, principais formadores do rio Piracicaba, para o Sistema Cantareira, que abastece atualmente 364 municípios paulistas, incluindo a capital.

Segundo depoimento do próprio ex-prefeito, o rio Piracicaba, na época, já era impróprio para o abastecimento da cidade. "Em 1969, a cidade se mostrava contrária ao Sistema Cantareira. Como recém-formado em engenharia, participei de uma reunião conturbadíssima em Piracicaba com representantes do Governo do Estado de São Paulo", recorda-se ele. "Quando terminei meus dois mandatos, a cidade toda tinha água", completa.

Ao assumir a Prefeitura, o abastecimento de água chegava a aproximadamente 60% das residências, com tratamento de 20% do esgoto gerado. "A água do rio Piracicaba era de péssima qualidade", conta Maluf. Ele chamou o engenheiro civil e sanitarista Antonio Mauro Ferraz de Negreiros para a presidência do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto). Entre os desafios, estava dinamizar a autarquia, então com quatro anos de criação, e desenvolver um plano de saneamento e abastecimento.

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