
19 DE FEVEREIRO DE 2021
Vereador disse que, mesmo com troca de empresa em um contrato emergencial, transporte público da cidade continua apresentando problemas.
O vereador Gustavo Pompeo (Avante) voltou a criticar a situação do transporte público, que, no ano passado, após rescisão com a empresa Via Ágil, a antiga gestão fez um contrato emergencial com a Tupi, mas, na visão do parlamentar, “teve um monopólio, algo que parecido com uma máfia, e que ainda continua, não mudou nada”, disse, ao usar o espaço regimental a oradores, por 10 minutos, na 6ª reunião ordinária da Câmara.
“Está aí o contrato emergencial que tem que esperar acabar e aí vai ter uma nova licitação, que vamos acompanhar, porque acredito que todos os vereadores têm reclamação do transporte público. Não dá para aceitar o que aconteceu em Piracicaba”, disse. Ele salientou que não é contra parcerias público-privadas, mas que o dinheiro público precisa ser usado com responsabilidade.
Ainda sobre a PPP do transporte, ele questiona qual o motivo de a gestão anterior não ter utilizado os R$ 34 milhões, aplicados no contrato emergencial, para a empresa que já estava na gestão do serviço, no caso a Via Ágil. “Agora, o problema financeiro ficou para os funcionários, que, até hoje, alguns não receberam e tiveram que judicializar e outros tiveram que fazer um acordo que eu julgo criminoso, em que a pessoa trabalhou 20 anos para a empresa e teve que aceitar uma rescisão com 40% de desconto do que era devido”, disse.
Gustavo avalia que a “palavra certa” para definir o início da administração do prefeito Luciano Almeida (DEM) é “herança maldita”. “Usurparam os cofres públicos de Piracicaba, fizeram máfias, fizeram acordos, então, vai sair a CPI do Semae e o que fizeram anteriormente nós vamos tirar a poeira que eles colocaram debaixo do tapete para mostrar à população, porque aqui não temos medo de fiscalizar nada”, disse.
Ele lembrou que, além da PPP do transporte, outros contratos assinados pela gestão anterior também são questionáveis, como a PPP do Esgoto, feita com a concessionária Mirante, e a gestão do lixo, feito com a empresa Ambiental. “Não parecem contratos sérios, por isso nós vamos extirpar esse câncer. Porque as empresas privadas podem vir a assumir serviços na cidade, mas tem que vir de forma séria”, definiu.