20 DE JUNHO DE 2018
Etapa do projeto Beira Rio que teve R$ 2 milhões de investimento está danificada e sem manutenção
Vereador constatou necessidade de revitalização de trecho entre o Museu da Água e a passarela Pênsil
O vereador Gilmar Rotta (MDB) levará ao secretário de Defesa do Meio Ambiente, José Otávio Menten, pedido de revitalização de trecho da avenida Beira Rio Joaquim Miguel Dutra, entre o Museu da Água e a Passarela Pênsil José Dias Nunes (Tião Carreiro). Uma reunião entre o parlamentar e o representante do Executivo acontece nesta quarta-feira (20). A preocupação do vereador está com a degradação de um dos principais pontos turísticos de visitação no município, às margens do rio Piracicaba, tomado pela vegetação.
Ao visitar o local na manhã desta terça-feira (19), o vereador lembrou que não houve nenhuma interferência da prefeitura no local desde a entrega do processo de requalificação, em agosto de 2012. As obras fizeram parte da fase B da etapa 3 do projeto Beira-Rio, com recursos de R$ 2 milhões da Petrobras, e ocorreram entre a passarela Pênsil e a Ponte do Mirante Caio Tabajara Esteves de Lima.
A principal reclamação de Gilmar é sobre a manutenção das passarelas construídas abaixo do nível das calçadas, logo após o Museu da Água, concebidas para aproximar os pedestres do rio. “No lugar onde o visitante tinha a visão total do rio, já não é possível enxergar mais nada. Se a manutenção não for rápida, as árvores vão crescer ainda mais e arrebentarão toda a estrutura. Infelizmente, a prefeitura deixou a desejar, porque não está cuidando do espaço”, comentou o vereador.
Entre as espécies invasoras encontradas pelo vereador estão a leucena, na lista das 100 piores espécies invasoras do mundo, e vários pés de mamonas.
Gilmar Rotta constatou ainda rachaduras na estrutura de concreto, invasão das raízes das árvores no piso intertravado, afundamento de parte do concreto, além de recuo e entortamento da estrutura de ferro do guarda corpo. O acúmulo de sujeira é perceptível em todo o espaço, sem qualquer iluminação e tomado por teias de aranha e lixo.
Um pouco mais à frente, no gramado embaixo da passarela Pênsil, a vegetação tem altura aproximada de três metros, o que impossibilita até mesmo a apreciação do salto do rio. “O entorno da avenida Beira Rio é o local mais procurado pela população, especialmente aos fins de semana. Se continuar assim, o risco é de espantar a população e também os turistas.”
Durante a visita do parlamentar, funcionários de uma empresa terceirizada realizavam poda periódica no entorno. Mas o trabalho ocorria apenas no gramado. “A limpeza que está sendo feita é parcial e superficial. Estão fazendo por fazer, mas sem resolver o problema”, lamentou.
PLANTIO – Na inauguração da etapa, a última do projeto Beira-Rio, a prefeitura firmou um acordo com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) para o plantio de 12.861 mudas de árvores nativas na microbacia do rio, a partir de um estudo da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). “Na mesma ocasião, foram retiradas as árvores invasoras e doentes, que cresceram novamente no local”, lembrou Rotta.
Conforme descrição da Oscip Pira 21, o trabalho teve como foco a valorização da orla urbana do rio Piracicaba, com critérios sustentáveis para a relação homem-ambiente-cultura e tratamento da margem como espaço público e acessível ao pedestre. O processo contou com alargamento de calçadas, assentamento de piso intertravado, paisagismo e iluminação.
(Assista no player à reportagem veiculada pelo "Jornal da Câmara".)