Funcionária da Faculdade Anhanguera, Ana Paula Santo esperava o ônibus no ponto mais próximo da instituição, na rotatória da avenida Alberto Vollet Sachs com a rua Santa Catarina, quando um indivíduo a abordou com uma faca e exigiu seus pertences de valor. Com medo, ela entregou o celular. "Era só o que tinha", disse, sem esconder que o fato, ocorrido em agosto, ainda a assusta.

O episódio motivou que representantes da instituição procurassem o Poder Público em busca de ações para coibir roubos e furtos nas redondezas. "Já tivemos reclamações de estudantes por conta da falta de segurança", explicou Cleber Soares Deus, gerente operacional da faculdade, em reunião com a assessoria do vereador Matheus Erler (PTB).

A principal reclamação é em torno da localização do ponto de ônibus, em frente a um terreno baldio. Mesmo com a poda do mato e da árvore no entorno, o local cria ambiente favorável para ações de bandidos, especialmente nos horários de pico, como na saída da tarde, entre 17h e 18h, assim como mais à noite, entre 21h30 e 22h30, quando a movimentação é intensa.

"Nós entendemos que o problema seria amenizado se o ponto de ônibus pudesse ser instalado na frente da instituição, onde há uma boa luminosidade e se concentra toda a comunidade que está deixando as nossas instalações", explica Marcelo Francisco, diretor da Faculdade Anhanguera. São cerca de 4 mil alunos, 110 professores e outros 70 funcionários que frequentam a unidade de ensino.

Eles também solicitaram o aumento da ronda feita pelo Pelotão Escolar da GCM (Guarda Civil Municipal) e, ainda, pediram a instalação de um semáforo com botoeira para pedestres na frente da faculdade, onde há uma lombada.

"A partir de agora, com o ofício da faculdade solicitando essas demandas, vamos encaminhar aos órgãos competentes do Poder Executivo, para que possamos ver a possibilidade de atendimento", explica Célia Cunha, chefe de gabinete do vereador Matheus Erler, que participou da reunião acompanhada da assessora parlamentar Adriana Palmieri. 

Servidor do Departamento de Transporte da Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes), Osmir Andrade disse que encaminhará o pedido ao secretário Jorge Akira. Ele salientou que é preciso cuidado em eventuais mudanças de ponto de ônibus, por conta do impacto que isso pode causar em todo o bairro e nas linhas do transporte coletivo.

"Os horários de entrada e saída são sempre bastante movimentados, então precisamos analisar bem antes de implementar essas mudanças", disse.

Por conta da demanda de transporte, a faculdade é atendida com linhas especiais, que saem direto do Terminal Central de Integração (TCI) e também da Pauliceia, além das linhas do Nova América, do Primeiro de Maio e Perimetral.

A reunião, na tarde desta terça-feira (29), contou com a presença do sub-inspetor Sidney Nunes e de Antonio Pereira, da GCM, de Tadeu Ali, presidente do Conseg (Conselho Municipal de Segurança), e de Daiana Longatto, auxiliar administrativo da faculdade.