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23 DE ABRIL DE 2018

Curso provoca autorreflexões sobre a construção da cultura de paz


Segundo encontro com o palestrante Osmar Ventris aconteceu na manhã desta segunda-feira



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Sidney Jr (1 de 4) Salvar imagem em alta resolução

Osmar Ventris, advogado e palestrante

Osmar Ventris, advogado e palestrante
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Ventris falou sobre justiça restaurativa e a apresentou alguns objetivos e fases do círculo de paz

Ventris falou sobre justiça restaurativa e a apresentou alguns objetivos e fases do círculo de paz
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Ventris falou sobre justiça restaurativa e a apresentou alguns objetivos e fases do círculo de paz

Ventris falou sobre justiça restaurativa e a apresentou alguns objetivos e fases do círculo de paz
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Se alguém lhe pedisse para que você se descrevesse, o que você diria?

Se alguém lhe pedisse para que você se descrevesse, o que você diria?
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Osmar Ventris, advogado e palestrante



Na manhã desta segunda-feira (23), a Escola do Legislativo trouxe a segunda aula do curso Construindo cultura de paz — Justiça restaurativa, com Osmar Ventris. No primeiro encontro, na semana passada, Ventris apresentou conceitos, gerou debates e troca de experiências.

Segundo o palestrante, “a justiça restaurativa não julga, não busca saber quem é culpado ou inocente e trabalha em cima de valores”. Ele disse que “a violência surge, muitas vezes, das necessidades não identificadas ou atendidas do ser humano” e acredita que “o grande problema somos nós, que não encontramos um jeito de nos aproximar e reconhecer o lado bom de uma pessoa violenta”.

Ventris apresentou o ritual dos círculos de paz, que “servem para solucionar conflitos, descobrir as necessidades de cada ser humano e abrir a mente para novas percepções, para que possamos abrir caminho para os sentimentos”. Ele explicou que para ser considerado círculo de paz tem que haver um ritual, “caso contrário nós chamamos de roda de conversa”.

Para ele, “não existe círculo infrutífero, às vezes o resultado não aparece no momento e vai aparecer 30, 60 ou até 90 dias depois”. A reflexão e a mudança de conduta são resultados do que a pessoa viveu e ouviu em um círculo de paz.

Como uma “tentativa de nos descobrirmos, para que possamos nos conectar com o outro”, o palestrante aplicou uma atividade prática, para que os participantes pudessem compreender “quem eles realmente são”.

“Se alguém lhe pedisse para que você se descrevesse, o que você diria?”. Foi com essa pergunta que Ventris despertou atenção. Em uma folha de papel, os participantes tiveram que descrever seis características, positivas ou negativas, que expressassem a forma como se enxergavam. Em seguida, das seis características listadas, eles tiveram que escolher as que eram o tempo todo e outras apenas parcialmente.

“Ansiosa”, “educada”, “insegura”, “honesta”, “solitária”, “em constante transformação”, “sincera” e “paciente” foram algumas características listadas. A atividade foi uma forma de os participantes “exporem seus sentimentos e encararar com tranquilidade suas qualidades e defeitos”, afirmou o palestrante.

 O dilema entre ter e ser também foi exposto por Ventris. Segundo ele, “nós temos que abrir mão de ter para ser, porque aquilo que nós somos ninguém tira de nós, diferente daquilo que nós temos”.

Paula Asbahr, participante do curso e coordenadora do Instituto Passe de Mágica, acredita que os cursos estão fazendo muita diferença em sua vida. “Todos os temas apresentados pelo Osmar são do meu cotidiano, mas ele traz esse momento da gente centrar e refletir sobre o que a gente é e qual a diferença que estamos fazendo no mundo, e isso é muito importante”, afirma. Paula ainda disse que “é sempre bom ter esse contato mais interno consigo”.

Ventris afirma que “o curso, voltado para autorreflexão e crescimento pessoal, transforma as pessoas porque mexe com muitas coisas que tentamos camuflar em nós mesmos”.



Texto:  Maira Bacellar
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Escola do Legislativo

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