Em vias de finalizar o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda, a expectativa do relator, vereador Acácio Godoy (PP), é “apontar falhas e soluções” em relação ao contrato assinado pelo Executivo com a empresa Nutriplus, que desencadeou os problemas que motivaram a criação de uma investigação no âmbito do Legislativo.

“Uma comissão como a nossa tem o seu trabalho pautado e limitado pela lei, então ela precisa ter um objetivo bem definido, mas isso não impediu que a gente tratasse de questões relacionadas à Justiça do Trabalho, de maneira especial as merendeiras, e agora o nosso objetivo é apontar as falhas do contrato, mas também soluções, contribuindo para o Município trabalhar melhor junto a seus parceiros privados”, explica Acácio.

Ele falou sobre o tema durante o programa Primeiro Tempo, na noite desta quinta-feira (14), apresentado pela TV Câmara, antes do início da 38 reunião ordinária. “Nos primeiros meses da CPI, praticamente a gente se debruçou sobre relatórios, documentos e contratos, e em um segundo momento, a gente tentou cruzar as informações deste material ouvindo testemunhas, visitando empresas, indo a outras cidades”, explica o parlamentar.

Acácio aponta que a CPI conseguiu “traçar alguns acontecimentos relevantes” e que, depois de ouvir os proprietários da empresa, na semana passada, agora a expectativa é ouvir representantes do poder público antes de fechar o relatório que será apresentado.

Vice-presidente da Mesa Diretora, Acácio também destacou a sua atuação para conduzir as reuniões ordinárias da Câmara, na ausência do presidente da Câmara, Gilmar Rotta (Cidadania). “É um trabalho que muito me honra, porque é pautado pela lei, então nós temos um regramento interno da Casa que determina o que é possível, o que é permitido, então nós temos que pautar nossas falas e decisões por esse regramento”, disse, ao defender que a condução do debate no Legislativo fortalece o processo democrático.

Ao longo da entrevista no Primeiro Tempo, o parlamentar também defendeu a participação da população nas discussões da Câmara, tanto na tribuna popular que retornou nesta quarta-feira (14) no Plenário “Francisco Antonio Coelho”, mas também em audiências públicas. “Quando a população se manifesta, ela deixa mais claro o que ela espera da administração pública, e nos deixa trabalhar de forma mais alinhada”, aponta.

Acácio também rechaçou as fake news, “que são usadas para constranger os vereadores a adotarem algumas posições”, salienta, e a importância de utilizar requerimentos para buscar informações junto ao Executivo, “porque você sai do ‘eu acho’ e busca o oficial”, disse.

Ele aproveitou a oportunidade destacar o Fórum Piracicaba 2040, que será criado para discutir a cidade para os próximos 30 anos. “Queremos fazer um amplo debate sobre o desenvolvimento na cidade no pós-pandemia”, definiu o vereador.