Durante a discussão sobre a economicidade, gerada na 46ª reunião ordinária, realizada nesta quinta-feira (23), a vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), ocupou a tribuna durante 10 minutos para esclarecer o repasse mensal que é feito à Câmara e previsto pela Constituição Federal.

"Há projeção de gastos, em 2021, para 49 milhões de reais. Só que não é esclarecido como isso acontece e isso é muito ruim porque dá impressão para o povo que a Câmara vai gastar 49 milhões de reais", disse a parlamentar.

"Mas não é isso que acontece, há uma previsão orçamentária anual. Se a do município aumenta, nessa mesma proporção aumenta a porcentagem de gastos da Câmara. Tendo essa projeção orçamentária, por força de lei da Constituição, 5% do que está projetado para gastos do município, são repassados para a Câmara", esclareceu.

Ela ainda explicou que para que o repasse de 5% legal seja revisto, deve haver uma mudança constitucional, que é feita em Brasília. "É tudo lei. Por isso que fazemos esse monte de moção de apelo para aprovar lei, para mudar o sistema penitenciário. Tudo influencia aqui no município, mas não é regido aqui na Casa. Todos respondemos ao que é legislado lá em Brasília", disse.

O vereador Gilmar Rotta (MDB) lembrou que mesmo que o repasse seja alto, não quer dizer que o Legislativo faz uso total do dinheiro. "Há três anos e meio, com a gestão da atual presidência, o vereador Matheus Erler (PTB) e toda mesa diretora, estamos fazendo uma economia e devolvendo os recursos ao município", observou.

"Nós ajudamos a Prefeitura a pagar a dívida dos dois hospitais, a Santa Casa e o Hospital Fornecedores de Cana. Depois, no orçamento seguinte, iniciamos o ano com cerca de 10 milhões de reais a menos. Sem contar que no decorrer do ano há devoluções, como vai ocorrer a de agora, quase quatro milhões de reais", comentou.

Coronel Adriana disse justificou que é importante deixar a população ciente para que não seja passada uma imagem ruim do Executivo ou Legislativo. "Nós não temos nada aqui, não temos carro, não temos combustível, não temos auxílio paletó, não temos auxílio moradia, verba de gabinete, décimo terceiro", falou.