14 DE AGOSTO DE 2020
Serviço de estacionamento rotativo continuou em funcionamento durante o período em que o comércio estava fechado
Vereadora Nancy Thame (PV) é autora do requerimento 400/2020
A cobrança de “Zona Azul” quando o comércio estava fechado em razão da quarentena imposta para desacelerar o contágio pelo coronavírus é questionada no requerimento 400/2020, de autoria da vereadora Nancy Thame (PV). Aprovado durante a 29ª reunião extraordinária, nesta quinta-feira (13), o requerimento também pede explicações sobre as multas aplicadas no período de isolamento social.
Nancy Thame relatou ter recebido questionamentos de munícipes sobre a continuidade das cobranças e fiscalizações do estacionamento rotativo mesmo quando as atividades comerciais estavam proibidas. “Tivemos vários decretos que visavam a paralisação do comércio, no entanto, em todo esse tempo que o comércio estava fechado, haviam aqueles que buscavam alguma emergência, algum serviço essencial”, afirmou a vereadora ao discutir o requerimento durante reunião extraordinária desta quinta-feira (13).
No requerimento, Nancy Thame informa que vários sites publicaram sobre a paralização da cobrança da Zona Azul, o que não aconteceu nos últimos dias. De acordo com a vereadora, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Piracicaba (CDL) também questionou a cobrança da Zona Azul apesar do comercio ter ficado fechado devido a pandemia. A CDL informou que 80% dos veículos que se encontravam estacionados na região central foram multados.
A vulnerabilidade dos trabalhadores da empresa responsável pela cobrança e fiscalização da Zona Azul, que foram expostos ao risco de contaminação no momento em que Piracicaba se encontrava na fase vermelha, foi pontuada pela vereadora no requerimento. Nancy Thame ainda questiona se os munícipes que foram multados, no período de isolamento social e paralização comercial, serão ressarcidos.
Durante a 29ª reunião extraordinária, o vereador Lair Braga (SD) discutiu o requerimento de autoria de Nancy Thame. Ele relatou que conversou pessoalmente com o procurador-geral do município, Milton Sérgio Bissoli, sobre o assunto e recebeu como resposta que o próprio Ministério Público entendia que a liberação do estacionamento poderia facilitar a aglomeração de pessoas nas ruas. Ao questionar o secretário de trânsito e transportes, Jorge Akira, o vereador foi informado de que se a Prefeitura não liberasse a cobrança e o funcionamento da Zona Azul, teria que cobrir os prejuízos da empresa Estapar, responsável pela cobrança e fiscalização do estacionamento rotativo no município.
“Não só as multas causam revolta no motorista, mas a perda de pontos na carteira e a exposição das trabalhadoras da Estapar. É uma questão muito séria, embora estejamos entrando na fase amarela, não importa o tempo que passou, é muito importante que esse requerimento seja respondido oficialmente pelo Executivo”, afirmou Lair Braga.