O vereador José Aparecido Longatto (PSDB) se pronunciou contrário à a admissão da denúncia apresentada por um servidor público federal contra o prefeito Barjas Negri (PSDB). Na 21ª reunião extraordinária da Câmara, nesta segunda-feira (6), o pedido foi votado pelos parlamentares, com um placar de 19 votos contrários e 3 favoráveis.

O denunciante, Walter Brandi Koch Rodrigues, baseou o pedido —que, se admitido pelo Legislativo, daria origem a uma comissão processante cuja evolução das investigações poderia levar o prefeito à perda do cargo— principalmente no decreto-lei 201/1967, que trata dos crimes de responsabilidade na administração pública.

Ao se pronunciar sobre a questão e reafirmar que seria contrário à admissão da denúncia, Longatto disse que o Departamento de Assuntos Jurídicos da Câmara analisou o processo. "O que ficou claro à população é o Jornal de Piracicaba, foi uma jogada de marketing político, em ano eleitoral: 'Barjas Negri está inelegível'", disse, sobre a manchete publicada no matutino.

Ainda sobre a notícia, Longatto disse: "Não é verdade. Existe processo que ele está respondendo?, existe, mas precisamos esperar a terceira instância dar o julgamento final, existem recursos que estão sendo analisados. Eu fico com a certidão do juiz eleitoral dizendo que Barjas Negri está elegível, então ele pode ser candidato porque não possui nenhuma condenação criminal em seus 25 anos de vida pública", completou o vereador.

Para Longatto, os processos citados contra Barjas foram um "arcabouço" para mostrar o pedido de admissibilidade da cassação do prefeito. "Ele tem o direito de os processos chegarem à terceira instância e ser absolvido, quem decide é a terceira instância. Na Justiça ele tem o direito de apresentar sua defesa e ser julgado depois pelo Supremo Tribunal Federal", disse. "Essa é a grande verdade", completou o vereador.