13 DE DEZEMBRO DE 2019
Parlamentar também aproveitou para fazer balanço das atividades
Parlamentar criticou a charge de autoria do artista gráfico João Montanaro
A vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (CID), criticou a charge publicada no Jornal Folha de S. Paulo, na edição de 9 de dezembro, do artista gráfico João Montanaro. O trabalho traz um homem negro deitado no chão e sendo levado por um policial, que comenta ao colega de farda: "a carne vermelha tá cara, mas ela nunca foi a minha favorita".
O posicionamento da vereadora foi apresentado nesta quinta-feira (12), na 75ª reunião ordinária. Para ela, a Polícia Militar atua de maneira legal. "Gostaria muito que essas pessoas tivessem a ombridade de entrarem em um quartel da PM e vissem o quanto a Polícia Militar é inclusiva. A gente prende o ladrão, o assassinto, o traficante. A gente não prende o ladrão branco ou preto, a gente prende o ladrão. A gente não prende o assassino branco ou preto, a gente prende o assassino. É simples assim", disse a parlamentar.
Para Adriana, há vários policiais pardos e pretos. "Só quem não conhece um quartel não vê essa realidade. São os pobres que procuram a Polícia Militar como meio, até, de ter uma profissão e salário. E a gente continua sofrendo com esta tentativa de menosprezo perante a sociedade. Mas a sociedade de bem sabe do valor que a polícia tem, de fazer o enfrentamento do crime que ninguém quer fazer", completou.
Segundo a vereadora, diariamente policiais militares levam tapas nas caras, pedradas e cusparadas, além de serem feridos e mortos. "Queria que alguém desse povo aqui tivesse a coragem de sentar a bunda na viatura e entrar na favela Paraisópolis para fazer enfrentamento aos bailes funks que acabam com a comunidade. Só esta semana recebi três grupos de comunidades diferentes, reclamando dos 'rolezinhos', de pessoas indo com fuzis. É assim que ocorre", informou, ao ao manifestar seu repúdio ao comportamento expresso na charge, classificado por ela como "vil e covarde".
No início de seu pronunciamento, a vereadora lamentou a ausência dos representantes da empresa Piracicaba Ambiental, que deveriam vir à Câmara para prestar esclarecimentos sobre as contantes reclamações na coleta de lixo do município. "Está difícil explicar esta questão e de uma coisa simples: falta gestão do contrato. Isso é notório, é muito grave", declarou, ao reclamar da falta de respostas para questões "simples", como a situação financeira da empresa.
Ainda durante sua fala na tribuna, a parlamentar fez a prestação de contas das ações recentes do seu mandato, como homenagem aos Tiros de Guerra de Americana, em 27 de novembro; solenidade de valorização policial dos Bombeiros, em 28 de novembro; palestra aos alunos da ETEC (Escola Técnica Paula Souza) Ary de Pedroso Jr., na Paulista, em que falou sobre como funciona a atividade policial, também no dia 29; e workshop que discutiu a situação dos policiais militares na CEPM (Centro de Educação Pré-Militar), no dia 30.
Das homenagens feitas pela vereadora esteve uma moção de aplausos entregue em 5 de dezembro, pela campanha realizada pelo Fussp (Fundo Social de Solidariedade de Piracicaba) e Via Ágil, de combate à violência contra a mulher. A vereadora também esteve, no dia 6, na formatura de primeiro uso de uniforme do CPI-9 (Comando de Policiamento do Interior); e no dia 9, na homenagem ao subtenente Wolmer Luiz de Oliveira Santos.