15 DE OUTUBRO DE 2019
Vereadora, que esteve na unidade da Vila Cristina, verificou espera de usuários por atendimento enquanto médicos em plantão haviam saído juntos para almoçar.
Coronel Adriana ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta segunda-feira
"Uma série de erros" relacionados à falta de gestão foi o diagnóstico traçado pela vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (CID), após fiscalizar por duas horas a UPA (unidade de pronto-atendimento) da Vila Cristina, na tarde desta segunda-feira (14). À noite, durante a 59ª reunião ordinária, na Câmara, a parlamentar fez críticas ao secretário municipal de Saúde, Pedro Mello, a quem contatou para buscar equacionar o problema.
Na unidade desde as 13h, Coronel Adriana observou que três médicos que estavam em plantão haviam saído juntos para almoçar, o que refletiu no atendimento. "Dois médicos estavam chegando àquela hora, porque, segundo me foi informado, eles têm o hábito de sair para almoçar em grupo. Três foram almoçar juntos e deixaram apenas uma pessoa atendendo. De que horas a que horas é esse almoço não se sabe. Mas ali é um sistema de plantão, em que a pessoa tem que estar à disposição, não tem essa liberalidade de sair e fazer horário de almoço", ponderou a vereadora. O terceiro médico, segundo a parlamentar, voltou a atender às 14h50. "Pessoas que chegaram às 10h, eram 13h20 e não tinham sido atendidas."
Além de telefonar para Pedro Mello, Coronel Adriana conversou com o gestor da unidade, um dos médicos do grupo. Informada de que "toda segunda-feira é assim" ao questionar a alta procura por atendimento na unidade, a vereadora cobrou mudança na conduta dos profissionais, observando que os médicos recebem "altos salários pelos plantões".
A vereadora também criticou o fato de os profissionais não estarem identificados com crachá ou jaleco. "Não temos condições de saber quem é médico, quem é paciente, nem pela vestimenta dá para saber, o cidadão não tem como saber."
"Essas coisas é que levam à revolta da população. Não é nem a falta do dinheiro público, porque tem e está sendo pago; é a questão da gestão: tem que ter alguém com nível hierárquico superior que esteja ali fiscalizando esse problema", apontou a vereadora, lamentando o "caos que fica em razão da falta de gestão". "Isso não pode acontecer, deixa a imagem do município ruim, mesmo gastando o que se gasta com saúde aqui", completou.