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26 DE JANEIRO DE 2017

Tozão discute acostamento e acesso em vicinal com concessionária


Em conversa com a Rodovias do Tietê, vereador falou sobre as condições do trecho de 4 quilômetros da antiga "estrada da Ceasa" administrado pela empresa.



EM SALTO (SP)  

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O vereador Osvaldo Schiavolin, o Tozão (PSDB), foi até a sede da concessionária Rodovias do Tietê, no km 104 da rodovia Comendador Mário Dedini (SP-308), discutir a situação do trecho de quatro quilômetros da SPA 155/308 ––desde 2014 denominada de "Dorival Pardi"–– que estão sob a responsabilidade da empresa.

Popularmente chamada de "estrada da Ceasa", por nela estar localizada, no km 4, a unidade da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) em Piracicaba, a via possui oito quilômetros de extensão e tem sua gestão partilhada justamente entre as concessionárias das duas rodovias que são ligadas por ela.

A metade inicial é administrada pela Rodovias do Tietê ––que responde pela SP-308––, enquanto o trecho do km 4 ao 8 é gerido pela AB Colinas, que tem a concessão da rodovia Cornélio Pires (SP-155). Além de caminhões que abastecem o entreposto da Ceagesp, trabalhadores de 25 empresas instaladas na região e estudantes da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) costumam trafegar pela via.

Na tarde desta quinta-feira (26), em conversa com Elaine Cristina Baldrighi e Luiz André Sartori ––coordenadores, respectivamente, das áreas de assuntos regulatórios e de faixa de domínio da Rodovias do Tietê––, Tozão mostrou o perigo a que estão expostos os motoristas que precisam acessar o bairro Agrícola Taquaral, no km 2 da SPA 155/308.

O vereador exibiu as fotos tiradas em visita ao local, no último dia 13, e cobrou a implantação de um cruzamento em nível na altura do km 2, a pavimentação do acostamento em ambos os lados e a recuperação do asfalto da pista, que, no trecho de responsabilidade da Rodovias do Tietê, contabiliza cerca de 30 pontos com rachaduras, buracos ou borrachudos.

De acordo com Tozão, o motorista que vem da SP-308 corre sério risco de capotamento ao fazer a manobra correta para entrar no Agrícola Taquaral, a qual requer sair com o veículo da pista para o acostamento para, então, cruzá-la em direção ao bairro. A gravidade está no desnível de até 20 centímetros que existe entre a pista e o acostamento ––o qual, bastante irregular, por si só já é bastante perigoso.

Segundo o vereador, para evitar a iminente perda de controle do veículo ao sair para o acostamento, muitos motoristas preferem reduzir a velocidade e, ainda na pista, fazer a conversão direta para o bairro. Além de ser arriscada, em razão das chances de colisões traseiras e frontais, a manobra é proibida ––o que leva agentes da Polícia Rodoviária a se posicionarem próximo ao km 2 para flagrar a irregularidade e multar os condutores.

"Quem não sai para o acostamento leva multa, mas, se sai, corre sério risco de capotar o carro ou o caminhão", resumiu Tozão.

Na reunião na sede da Rodovias do Tietê, em Salto (SP), o vereador entregou ofício solicitando que, de imediato, seja asfaltado o acostamento, eliminado o degrau que há entre ele e a pista e colocada tubulação para drenar a água da chuva que hoje se acumula no local. O parlamentar também pediu que o trecho passe por remodelação, de modo a possibilitar o cruzamento em nível para motoristas que precisam acessar o Agrícola Taquaral.

Elaine explicou que o contrato de concessão entre o governo de São Paulo e a Rodovias do Tietê não obriga a empresa a fazer a manutenção de acostamentos nem a de acessos privados (que beneficiam indústrias, por exemplo) ou municipais (como é o caso da entrada para o Agrícola Taquaral) se ambos os itens não constarem no acordo assinado.

De acordo com Sartori, todos os acessos ao longo do trecho da SPA 155/308 sob responsabilidade da Rodovias do Tietê são irregulares e cabe à administração municipal atuar para reverter essa situação, o que implicaria à Prefeitura apresentar à concessionária um projeto funcional ––demonstrando, com base em imagens aéreas, como ficaria o acesso antes e depois da intervenção pretendida–– e outro executivo ––detalhando as obras necessárias no trecho, como drenagem, pavimentação e sinalização.

Com os dois projetos em mãos, a Rodovias do Tietê faria a análise inicial deles para, então, remetê-los à Artesp (agência reguladora dos transportes no Estado), que é quem dá a palavra final, autorizando ou não a execução da obra pelo município. Por essa razão, Sartori e Elaine propuseram o agendamento de uma reunião entre a concessionária, Tozão e o prefeito Barjas Negri (PSDB) para a discussão do que pode ser feito no trecho.

"Não podemos mexer num acesso que, legalmente, não é regular. Acesso é uma obra que a concessionária não faz porque não é uma obrigação contratual, senão teria de fazer todos. Como, nesse caso [do Agrícola Taquaral], o acesso é de uso municipal, cabe à Prefeitura fazer as obras de asfalto e sinalização", afirmou Sartori, que disse acreditar que a regularização do acesso seria suficiente para melhorar as condições de segurança dos motoristas que o utilizam para entrar no bairro.

Quanto às condições do asfalto no trecho da SPA 155/308 administrado pela Rodovias do Tietê, Elaine disse que acionará as equipes de conservação, mas ressaltou as dificuldades impostas pela sequência de chuvas. "A concessionária tem se empenhado para manter o mínimo de conforto para os usuários", declarou.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Trânsito e Transportes Osvaldo Schiavolin

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