
11 DE FEVEREIRO DE 2021
Proposta foi apresentada à diretora do Numape (Núcleo de Educação Especial), Vanessa Sotto.
Conhecer as demandas do setor da educação especial no município, e propor sugestões à diretoria do Numape (Núcleo de Educação Especial), para a formação de centro de diagnóstico para atendimento multidisciplinar que envolva profissionais da saúde que façam diagnósticos integrados com educadores.
A proposta é do Mandato Coletivo, a Cidade é sua, que reuniu-se com a diretora Vanessa Sottono. “Houve um aumento de demanda e uma diminuição de profissionais especializados tanto da saúde como da educação. Eles devem trabalhar em conjunto. O Mandato Coletivo quer levar essa discussão para a tribuna da Câmara de modo a repensar o sistema e a articulação das políticas do atendimento”, defende Pablo Carajo, membro do mandato.
O Numape faz atendimentos exclusivamente de ordem pedagógica e a formação dos profissionais é voltada para quem atua nas salas de aulas.“Hoje os atendimentos às crianças de educação especial acontecem seguindo a política nacional para inclusão. O prédio do Numape é um espaço de formação dos educadores com salas que apresentam recursos para complementação escolar”, afirma Vanessa Sotto.
Carajol relatou questionamentos de famílias sobre acompanhamento das crianças que estão nas escolas que recebem o diagnóstico de surdez e autismo, mas não estão sendo acompanhadas.
Vanessa explicou que isso é, de fato, um desafio, pois há cultura na família em como vai fazer esse acompanhamento. “Apenas um implante coclear, por exemplo, não resolve a surdez. A criança precisa ser educada em libras também”, aponta. Pablo disse que a formação de um centro de diagnóstico daria integração mais eficiente entre saúde e educação nas demandas que chegam através das secretarias que atuam nestas áreas.
A diretora do Numape aponta que a criança precisa ser atendida a partir do momento em que recebe o diagnóstico. “Muitas vezes, recebe o implante coclear, mas não tem um acompanhamento seguinte para o aprendizado e desenvolvimento dela”, destaca.
Na cidade há duas escolas de referência onde estão concentrados os atendimentos do Numape. Mas ainda há defasagem entre profissionais da saúde, como por exemplo fonoaudiólogas e terapeutas ocupacionais que atendam crianças autistas e demais síndromes. E ainda não há para onde encaminhar crianças com deficiência intelectual. Não tem uma equipe multidisciplinar que possa fazer essa avaliação.