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29 DE SETEMBRO DE 2015

Projeto que proíbe o foie gras é aprovado na Câmara


Vereador Trevisan Júnior destaca sofrimento de patos e gansos



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

"Nem sequer é um alimento de primeira necessidade", diz parlamentar



Os estabelecimentos comerciais em Piracicaba serão proibidos de produzir e comercializar o foie gras, conforme estabelece o projeto de lei 137/2015, do vereador Laércio Trevisan Jr. (PR). No projeto de lei 137/2015, aprovado pela Câmara nesta segunda-feira, 28, há a previsão de multa de R$ 5 mil, sem prejuízo da apreensão do produto, aplicada em dobro no caso de reincidência.

Segundo Trevisan, a iguaria típica da culinária francesa utiliza-se do fígado de um pato ou ganso super-alimentado e, ao contrário do que muitos imaginam, “é um processo de verdadeiro sofrimento para os patos e gansos”. Por isso, no texto enviado pelo parlamentar à Câmara, as formas in natura e enlatada devem ser proibidas.

O vereador explica que o método de alimentação forçada provoca uma distorção no corpo dos animais e um fígado sete vezes maior que o tamanho normal. “O sofrimento infligido aos animais para a fabricação é altamente condenável. Nem sequer é um alimento de primeira necessidade, trata-se apenas de um aperitivo”, diz Trevisan, ao lembrar ainda que o foie gras não traz benefício à saúde humana.

O processo começa 16 dias antes da matança, quando um funil de mais de 40 centímetros de cumprimento é empurrado pelo pescoço das aves, que recebem cereais misturados com gorduras (o equivalente a 12,6 quilos de espaguetes para um ser humano). O processo é repetido de três em três horas a partir do 12º dia e a morte acontece no 17º dia.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Legislativo Laércio Trevisan Jr

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