O vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), na noite de ontem, dia 05 de dezembro de 2006, às 20h00 ministrou palestra à população de Guaranésia, cidade de 20 mil habitantes, no sul de Minas Gerais, onde mais de 80 pessoas ocuparam as dependências da Câmara Municipal para avaliar as conseqüencias das queimadas, principalmente da palha da cana de açúcar e os malefícios causados à saúde humana, bem como ao meio ambiente e os problemas sócio econômicos aos municípios.

A realização da palestra teve o apoio da ONG Ambiental, Guaranésia Viva, presidida por Mônica de Moraes Silva. O trabalho da organização considera que se o desenvolvimento não for sustentável, não pode dizer que seja desenvolvimento, sendo apenas crescimento ou simplesmente não se trabalhando o que foi herdado para deixar para as futuras gerações.

O evento também recebeu o apoio dos nove vereadores da Câmara Municipal, representados na reunião pelo presidente Devair Arley Pereira (PFL), João Campestre (PL) e Paulo Henri de Oliveira, que reiteraram a disposição de assegurar a continuação do debate sobre o problema das queimadas com o envolvimento da população por intermédio de referendo ou plebiscito. Também não descartaram chamar os usineiros para conversar sobre a problemática da cultura da cana de açúcar.

Alunos da Escola Estadual Alice Autran Dourado também acompanharam as discussões sobre a temática da queima. O alerta da comunidade local é que usineiros da região de Guaranésia utilizam venenos para pulverizar a plantação de cana, o que provoca problemas ambientais e, penaliza a população com o agravamento de doenças respiratórias.

Na palestra, o vereador Capitão Gomes destacou a posição de especialistas que condenam a prática da queima da palha da cana.

Capitão Gomes ainda comentou sobre projeto de lei de sua autoria que foi rejeitado pela Câmara de Piracicaba em função da interferência do poder dos usineiros e grupos econômicos interessados na contiunidade desta prática. E, destacou a importãncia de reapresentar o projeto de lei, e envolvimento da população para definir se de fato quer conviver com os problemas decorrentes da queima da palha da cana.

Fotos e texto: Martim Vieira MTb 21.939