
10 DE FEVEREIRO DE 2021
Fórum Permanente de Proteção e Defesa dos Animais ocorreu nesta quarta-feira (10) e reuniu representantes das secretarias municipais, da OAB e da segurança pública
A vereadora e protetora dos animais, Alessandra Bellucci (Republicanos), e representantes do Executivo e da segurança pública se reuniram, na tarde desta quarta-feira (10), para trocar experiências, debater questões e acrescentar nomes para compor o Fórum Permanente de Proteção e Defesa dos Animais. O projeto de decreto legislativo 2/2021, que dispõe sobre a criação do Fórum, está em tramitação na Câmara.
Na reunião, os participantes apontaram diversos obstáculos que dificultam a proteção e defesa dos animais. A falta de um local para levar os animais resgatados pelo Corpo de Bombeiros, a urgência de socorro médico imediato para os animais feridos e a necessidade da criação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) foram algumas das carências apontadas no encontro.
Representantes da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal relataram as dificuldades de aplicar a legislação existente para inibir os maus-tratos aos animais. Já a importância de educar as crianças e a população em geral para o cuidado e defesa dos animais, foi discutida pela representante da Secretaria de Educação, Sueli Gobbo Araújo. O objetivo é que seja feito um trabalho de conscientização sobre a causa animal dentro das escolas municipais.
Andreia Golinelli, procuradora jurídica da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) falou sobre a questão social por trás da causa animal e destacou a necessidade da criação de uma política de bem-estar animal. Para a vereadora Alessandra Bellucci, é muito importante trabalhar a causa animal juntamente com causa social. “O animal está vivendo mal e a família também, o animal está passando fome e a família também. Nós vamos sempre orientar na questão do animal, mas é importante trabalhar junto com a secretaria de desenvolvimento social porque o ser humano precisa de ajuda”, disse a vereadora.
A necessidade de Piracicaba ter um centro de bem-estar animal foi apontada por todos os participantes do Fórum como uma das soluções para os problemas enfrentados hoje. O coordenador de Vigilância em Saúde de Piracicaba, Moisés Taglieta, avaliou que é preciso “criar algo acima de nós todos”, um local para "política de saúde e bem-estar animal".
Alessandra Belluci frisou que no Centro de Controle de Zoonoses existe um canil e gatil, mas é um local de passagem e não um abrigo. “Quem vai trabalhar a adoção dele? Para onde vão os animais que também estão em vias públicas, mas não estão machucados, não estão feridos, não estão causando nenhum risco para população, mas precisam de auxílio?”, questionou a vereadora, ao explicar que a criação de um centro de bem-estar animal vai fazer um trabalho que “não caberia” ao Centro de Controle de Zoonoses.
Para a vereadora, a criação de um órgão pensando no bem-estar animal irá “desafogar” os protetores, os bombeiros que não tem onde destinar o animal e também o pelotão ambiental, que faz captura do animal silvestre. “A gente vê que os animais de Piracicaba estão visivelmente desamparados, até os órgãos que cuidam da captura e das avaliações não têm onde levar esses bichos e eles precisam, eles são seres vivos que precisam de respeito e precisam da proteção do nosso governo”, afirmou.
Participaram da reunião do Fórum Permanente de Proteção e Defesa dos Animais a vereadora e protetora dos animais Alessandra Belluci; a representante da Secretaria de Educação, Sueli Gobbo Araújo; a procuradora jurídica Andreia Golinelli, representando a Smads; a médica veterinária Mariana Ricciardi Curi, representando a Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (SEDEMA); o Tenente Beraldo, representando o Corpo de Bombeiros; o médico Fábio Eduardo Siqueira, presidente da Associação dos Médicos Veterinários de Piracicaba e Região; o Tenente Mário Geraldo Martins e PM José Carlos Vilela, da Polícia Militar; a guarda municipal Renata Caetano; o vice-presidente da Comissão dos Animais da OAB, Luiz Maluf Zaidan; o médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses, Paulo Roberto Lara; e o coordenador de Vigilância em Saúde de Piracicaba, Moisés Taglieta, representando a Secretaria de Saúde.