O esforço para elevar os repasses do governo federal que custeiam atendimentos feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Piracicaba ganhou novo impulso na última sexta-feira (25) com a reunião entre o vereador Gilmar Rotta (PMDB) e o chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo (SP), Arlon Viana Lima, na capital paulista.

Foi o segundo contato do parlamentar com um membro do alto escalão do governo Michel Temer (PMDB) na busca pelo aumento do teto em R$ 10 milhões.

Em março, Gilmar Rotta esteve em Brasília (DF), junto com o secretário municipal de Saúde, Pedro Mello, para levar o pleito a Rogério Abdalla, secretário do Ministério da Saúde para Gestão do Trabalho e Educação na Saúde ––Abdalla retribuiu a visita em maio, ao vir a Piracicaba, a convite do parlamentar, conhecer a estrutura mantida pelo município e discutir a situação do setor com gestores, vereadores e o prefeito Barjas Negri (PSDB).

No encontro com Arlon, Gilmar Rotta entregou uma seleção de notícias publicadas em veículos de comunicação da região que tratam da situação da saúde em Piracicaba.

"O chefe de gabinete colocará o presidente Temer a par das dificuldades para que nossas solicitações sejam atendidas o mais breve possível. Estou confiante de que alcançaremos nossos objetivos", destacou o vereador, que disse contar com a assinatura do ministro da Saúde, Ricardo Barros, para a elevação dos repasses para o custeio do SUS na cidade.

O aumento do teto financeiro é necessário para cobrir custos com procedimentos de média e alta complexidades ––o valor é fixo e destinado a cada município de acordo com os indicadores populacionais e os serviços prestados. A Santa Casa e o Hospital dos Fornecedores de Cana, que prestam atendimento pelo SUS em Piracicaba, informaram a intenção de suspender parte dos serviços prestados a partir de 15 de setembro diante dos R$ 20,8 milhões que a Prefeitura lhes deve.

No último dia 18, o provedor da Santa Casa, João Orlando Pavão, veio à Câmara falar da situação do hospital. "Nunca atrasamos o pagamento dos colaboradores, mas há cinco meses pagamos os honorários de 350 médicos com atraso e parcelado. Isso nunca ocorreu. Por certo, teremos o caos", disse ele aos vereadores, durante o expediente da reunião ordinária.