O monsenhor Jorge Simão Miguel receberá da Câmara medalha de "Mérito Legislativo". O projeto de decreto legislativo 55/2017, de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr. (PR), foi aprovado na 63ª reunião ordinária, realizada nesta segunda-feira (30).

Filho dos imigrantes libaneses Simão e Adélia, Jorge nasceu em Capivari (SP), em 7 de maio de 1928. Aos 15 anos e após seis como coroinha na Igreja Matriz de São Batista, decidiu ingressar no Seminário Diocesano de Campinas.

Nesse período, teve o monsenhor Rafael Roldão como seu primeiro reitor e, posteriormente, o cônego Aniger Francisco de Maria Melillo, que foi bispo da Diocese de Piracicaba por 24 anos.

Em 1949, Jorge partiu para o Seminário Central do Ipiranga, onde foi aprovado para continuar os estudos. Por mais sete anos, estudou Filosofia e Teologia e, nesse período, foi eleito prefeito dos estudantes de Filosofia.

Participou da instalação da Diocese de Piracicaba, em julho de 1944, como seminarista, na posse do primeiro bispo diocesano, dom Ernesto de Paula. Ainda no seminário, antes do Concílio Vaticano II, em fevereiro de 1949, recebeu a batina, quando iniciava o curso de Filosofia.

Ao iniciar Teologia, em 1952, recebeu, como seminarista, a marca "coroinha" na cabeça, que o acompanha pelo resto da vida, identificando-o como sacerdote.

Recebeu o subdiaconato em 1954 e, no ano seguinte, em São Paulo, foi ordenado diácono por dom Antônio Siqueira. Ainda em 1955, dom Ernesto de Paula o ordenou sacerdote, em cerimônia na Catedral de Santo Antônio.

PIRACICABA - A primeira missa celebrada pelo então padre Jorge em Piracicaba ocorreu em dezembro de 1955, no Seminário Diocesano "Imaculada Conceição". A partir de janeiro do ano seguinte, ele começou a trabalhar como professor de ministro no seminário, lecionando português, matemática e astronomia. Também auxiliou nos serviços da Paróquia Imaculada Conceição e atendeu como capelão no Mosteiro das Irmãs Carmelitas.

Em 1958, passou a se dedicar somente à Paróquia Imaculada Conceição: primeiramente, como vigário-coadjutor do monsenhor Romário Pazzianotto e, no ano seguinte, com o afastamento do monsenhor, como vigário-auxiliar. Foi nomeado pároco em janeiro de 1960.

Esteve à frente da Paróquia Imaculada Conceição por quase 50 anos e conseguiu viabilizar a construção do novo prédio, a Matriz —inaugurada em setembro de 1972—, já que o antigo tornara-se pequeno para acomodar as ações da igreja. Foi administrador diocesano até 2005, quando o bispo dom Fernando Mason assumiu.