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18 DE NOVEMBRO DE 2015

Mandato de Paiva participa de Marcha das Mulheres Negras em Brasília


A marcha é uma iniciativa de articular as mulheres negras brasileiras.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Assessoria parlamentar Salvar imagem em alta resolução

1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras



Está sendo realizada hoje (18), em Brasília, a 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras. O mandato do vereador Paiva (PT) está representado pelas assessoras Eliana da Penha e Sônia Carreiro. As mulheres negras lutam contra a discriminação e o racismo.

A marcha é uma iniciativa de articular as mulheres negras brasileiras e aglutinar o máximo de organizações de mulheres negras, assim como outras organizações do Movimento Negro, sem dispensar o apoio de organizações de mulheres e de todo tipo de organização que apoiem a equidade sociorracial e de gênero.

Para o vereador Paiva, “é preciso colocar na pauta da sociedade a discussão sobre a discriminação e o ódio. No Brasil, as mulheres negras são as mais discriminadas seja do ponto de vista social, quando do mercado de trabalho que destina a elas os piores salários se comparadas a outros trabalhadores”.

Razões - O Brasil tem a maior população negra fora da África (aproximadamente 100 milhões de pessoas). As mulheres negras somam cerca de 49 milhões. O racismo, o machismo, a pobreza, com a desigualdade social e econômica, tem prejudicado nossa vida, rebaixando a autoestima coletiva das mulheres negras.

O fortalecimento da identidade negra tem sido prejudicado ao longo dos séculos pela construção negativa da imagem da pessoa negra, especialmente da mulher negra, desde a estética (cabelo, corpo, etc.) até ao papel social desenvolvido pelas mulheres negras.

As mulheres negras continuam recebendo os menores salários e são as que mais têm dificuldade para entrar no mundo do trabalho. A construção do papel social das mulheres negras é sempre pensada na perspectiva da dependência, da inferioridade e da subalternização, dificultando que nós possamos assumir espaços de poder, de gerência e de decisão, quer seja no mercado de trabalho, quer seja no campo da representação política e social.

Violência - Entre as mulheres, as negras são as maiores vítimas de crimes violentos. De 2003 para 2013, o assassinato de mulheres negras cresceu 54,2%, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil. No mesmo período, o índice de assassinatos de mulheres brancas recuou 9,8%, segundo o estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres.

Hoje, em Brasília, haverá uma audiência com a presidenta da República, Dilma Rousseff, que receberá um grupo de representantes de diversas organizações e movimentos sociais. Durante o encontro, as mulheres entregarão um manifesto que cobrará do Estado Brasileiro, entre outras pautas, medidas emergenciais para reduzir a mortalidade feminina.

 



Texto:  Assessoria parlamentar
Revisão:  Patrícia Moraes Sant'Ana - MTB 24.154


Cidadania José Paiva

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