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07 DE DEZEMBRO DE 2017

Mãe de criança com deficiência reclama falta de medicamento


Maria Teresa Ribeiro ocupou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba nesta quinta-feira (7)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Maria Teresa pede cumprimento da lei que garante remédios a portadores de deficiência






“Senhores, olhem com mais carinho para o problema da Farmácia de Alto Custo.” Maria Teresa Ribeiro, mãe de um garoto de 10 anos, pessoa com deficiência, ocupou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba durante a 72ª reunião ordinária, na noite desta quinta-feira (7), para reclamar a falta de medicamento gratuito.

“O direito da criança com deficiência é garantido na Constituição de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, e no Estatuto dos Portadores de Deficiência, de 2000”, relatou. Emocionada, ela disse que há quatro meses a Farmácia de Alto Custo não fornece medicamento que evita que seu filho sofra convulsões.

“Meu filho pode perder tudo o que ele aprendeu em dez anos, o que foi muito difícil ensinar, como ter um pouco de coordenação, embora sejam coisas pequenas, mas qualquer coisinha para nós é uma explosão de alegria”, disse Maria Teresa. 

Ela também destacou que está tendo dificuldade de adquirir uma nova cadeira de roda. O equipamento utilizado pelo seu filho atualmente é desde quando ele tinha quatro anos. “Não é mais adaptada para ele, porque ele cai dos lados, mas como eu vou comprar?!”, questionou. “Eu saí desesperada da consulta que levei ele”, disse. 

Também disse que o filho vai entrar no terceiro ano de espera para utilizar o Elevar, sistema de transporte voltado a pessoas portadoras de deficiência. “Ele precisa deste serviço para ir na escola, na terapia e também para ir a atividades de lazer”, disse, ao critica a situação da falta de brinquedos adaptados em Piracicaba. 

“Foram colocados alguns brinquedos no Paraíso das Crianças, ma os pais das crianças ditas ‘normais’ deixam eles quebrarem estes equipamentos”, informou.

Aos prantos, ela pediu mais apoio do poder público para dar mais qualidade de vida ao filho. “Os nossos filhos são invisíveis aos olhos da sociedade, é muito triste para nós que somos mães essa situação. Só queremos que a lei seja cumprida”, declarou.



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337
Imagens de TV:  TV Câmara


Tribuna Popular

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