Entender a dinâmica dos recursos públicos estaduais e federais é o que motivou a Frente Parlamentar Regional Pró-Saúde a solicitar reunião com o diretor do DRS-X (Departamento Regional de Saúde), o médico infectologista Hamilton Antonio Bonilha de Moraes. Amanhã, (13), às 9h, ele estará na Câmara com os vereadores que integram a Frente para detalhar as atribuições do órgão.

Sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o DRS-X coordena ações relacionadas à saúde em 26 cidades paulistas, divididas em quatro regiões (Piracicaba, Limeira, Rio Claro e Araras). A população total estimada desses municípios é de 1,5 milhão. Bonilha, que é médico infectologista, assumiu a direção do Departamento em 14 de novembro.

Mesmo o Governo do Estado de São Paulo tendo assumindo a responsabilidade pelos custos do Hospital Regional, uma das preocupações da Frente é sobre como será a distribuição dos recursos para os atendimentos entre os 14 municípios da região. A expectativa é que o HR funcione a partir do mês de março, sendo a gestão das vagas por conta do Governo do Estado de São Paulo, via DRS-X.

Integrante da Frente Regional Pró-Saúde, o vereador Gilmar Rotta (PMDB) diz que a presença de Bonilha será importante para que os parlamentares de cada cidade apresentem seus questionamentos sobre a atuação do DRS-X. Entre as dúvidas, por exemplo, está nos atendimentos via SUS (Sistema Único de Saúde) que os dois hospitais da cidade (Santa Casa e Fornecedores de Cana) prestam aos municípios da região.

Outra dúvida é sobre a responsabilidade em arcar com o valor extrateto nos procedimentos realizados em Piracicaba por solicitação de outros municípios. Neste caso, os integrantes da Frente querem saber se é por conta da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba ou do munícipio da região que fez o encaminhamento para a Santa Casa e Hospital dos Fornecedores de Cana. “Segundo a conversa que tivemos com o secretário Pedro Mello, Piracicaba acaba pagando o excesso de teto para os dois hospitais, independente de qual seja o município”, disse o parlamentar.

O ideal, na opinião de Gilmar Rotta, é que fosse estabelecida uma cota de atendimento por município e que Piracicaba, em tese, poderia até arcar com o gasto, mas com a condição de que o recurso retornasse ao município.

Embora recentemente o Governo Federal tenha elevado em R$ 10 milhões o teto de gastos na Saúde (totalizando, agora, R$ 126 milhões anuais), o vereador acredita que será necessária nova pressão local e regional para atualização do teto, já que o valor teve como base cálculos de 2014.

Instituída oficialmente no final de outubro, a Frente Regional Pro-Saúde é composta por vereadores de Águas de São Pedro, Analândia, Araras, Capivari, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Elias Fausto, Engenheiro Coelho, Ipeúna, Iracemápolis, Itirapina, Leme, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Pirassununga, Rafard, Rio Claro, Rio Das Pedras, Saltinho, Santa Cruz da Conceição, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro. De Piracicaba, a Frente é composta por André Bandeira (PSDB), Coronel Adriana (PPS), Gilmar Rotta (PMDB), Laércio Trevisan Jr. (PR), Lair Braga (SD), Paulo Serra (PPS), Pedro Kawai (PSDB), Ronaldo Moschini (PPS) e Wagner Oliveira (PHS).