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08 DE MARÇO DE 2017

Falta de mulheres na política gera desequilíbrio social, diz socióloga


Palestra na Semana da Mulher recebeu Fátima Pacheco Jordão



EM PIRACICABA (SP)  

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Dados preliminares de uma pesquisa inédita foram apresentados ao público

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A ausência de mulheres na política provoca um desequilíbrio geral na sociedade, declarou a socióloga Fátima Pacheco Jordão, especialista em pesquisas de opinião. Munida da indagação “2017, aonde chegamos?”, ela esteve em Piracicaba nesta quarta-feira, 8, para a palestra 85 Anos do Voto Feminino – Uma Longa Jornada Machismo Adentro, realizada no Salão Nobre Helly de Campos Melges, como parte da Semana da Mulher, promovida pelas vereadoras Nancy Thame (PSDB) e Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes (PPS). 

Ao apresentar de forma inédita dados preliminares de uma pesquisa realizada em dezembro pelo Ibope e coordenada pelo Instituto Patrícia Galvão, do qual faz parte, Fátima disse que 80% dos eleitores brasileiros concordam que as leis deveriam mudar para garantir que haja o mesmo número de mulheres e homens em todos os cargos políticos nos municípios, estados, Congresso e Senado.

A pesquisa será divulgada em breve e integra a plataforma Cidade 50-50: Todas e Todos pela Igualdade, para reforçar o debate sobre a igualdade de direitos entre mulheres e homens no contexto eleitoral. Foram entrevistados 2002 pessoas, em dezembro, em 120 municípios. Desses, 69% dos homens e 75% das mulheres não confiam no atual presidente Michel Temer, enquanto 62% dos homens e 66% das mulheres desaprovam a forma que Temer governa.

Mesmo com a demanda por novas formas de se fazer política, há um dado preocupante diagnosticado pela pesquisa: a preferência do eleitorado para um perfil mais conservador, menos ideológico e mais pragmático nos cargos de liderança. “A desestabilização, a crise econômica e a deterioração dos empregos geram o medo, um instrumento do conservadorismo. Na história da humanidade, todos os líderes totalitários, as guerras e os genocídios foram derivados de medos.”

Segunda a especialista, historicamente a sociedade é patriarcal e o poder sempre foi delegado aos homens. Mas, por outro lado, o feminismo tem em seu favor lutas históricas recentes, como a Marcha de Washington, que reuniu quatro milhões de pessoas. “O processo se acelerou, alguma coisa está acontecendo e não dá para voltar atrás”, declarou, citando ainda que a aceleração do processo não provoca mudanças instantâneas. “Desta vez as demandas vão além dos direitos humanos e são coordenadas por pessoas sem partido, sem político e sem o fascínio da televisão. É uma mudança de costumes.”

Ranking elaborado na mesma pesquisa constatou que quanto maior o partido, menores são as chances para a mulher. O PMDB, maior do país, elegeu 1050 prefeitos, sendo apenas 126 mulheres. Já o PSDB, com 810 prefeitos, conta com 82 mulheres nesse quadro. Por outro lado, partidos menores como o PR, de perfil conservador, conquistou 36 prefeitas, de um total de 302, ocupando a primeira colocação no ranking. “Os obstáculos para a mulher na política estão dentro dos partidos e do sistema eleitoral, e não na sociedade”, declarou. 

HOMENAGENS -- Antes da realização da palestra, as vereadoras Nancy e Adriana enalteceram a atuação de mulheres na cidade. Receberam homenagens a cantora Elaine Teotônio, do projeto Afropira, a cabo da Polícia Militar Sueli da Silva Tavares, que desenvolve o projeto Conquistas, a engenheira agrônoma e artista plástica Alaídes Puppin Ruschel, autora da exposição em cartaz até 24 de março no hall do prédio anexo da Câmara, e Any das Graças Martins dos Santos, funcionária da Câmara há 26 anos e que aposenta-se este ano.

O vereador Matheus Erler (PTB), presidente da Câmara, disse que uma das lutas das mulheres na atual conjuntura deve ser pela preservação dos direitos trabalhistas. Ele repudiou os planos do atual governo em alterar o sistema previdenciário. “Vivenciamos dias em que, no âmbito nacional, há uma forte mobilização para que os direitos sejam retirados dos trabalhadores, em especial das mulheres. É falso o argumento de que o Brasil passa por uma crise em decorrência da Previdência Social." 

A vereadora Nancy Thame disse que é preciso encontrar novas formas de fazer política e tornar as discussões coletivas. Como exemplo, ela citou o fato de a Semana da Mulher ter sido concebida por representantes de 28 entidades. Ao defender discussões em três frentes (igualdade salarial, violência e  participação na política), Nancy disse que a palavra de ordem é ousadia: “quando não temos mulheres nos espaços de poder e de decisão, quem colhe os malefícios é a sociedade como um todo”.

Na opinião de Adriana Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana, a luta sempre é feita por um grupo pequeno de pessoas. “Mas é este pequeno grupo que sempre abre portas. No fim a vitória será de todas”, declarou ela, citando que as bandeiras atuais das mulheres é a de buscar sempre a igualdade, sem querer ser iguais.

A palestra e as homenagens foram acompanhadas pelos vereadores Wagner Oliveira (PHS), Dirceu Alves da Silva (SD) e Osvaldo Schiavolin (PSDB), além da primeira dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Sandra Negri, da secretária de Educação, Angela Jorge Corrêa, da comandante da Guarda Civil, Lucineide Aparecida Maciel Corrêa, da presidente Conselho da Mulher, Thais Projete, e do presidente do Semae, José Rubens Françoso.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Cidadania Adriana Nunes Nancy Thame

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