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26 DE SETEMBRO DE 2013

Equipe da Câmara flagra colisão em cruzamento perigoso para pedestres


Cruzamento da avenida Armando Salles de Oliveira com a rua Regente Feijó é alvo constante de acidentes. Bandeira foi ao local para reforçar pedidos feitos à Prefeitura.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 (1 de 10) Salvar imagem em alta resolução

Mesmo usando a faixa, pedestres encontram dificuldades para atravessar a Armando Salles

Mesmo usando a faixa, pedestres encontram dificuldades para atravessar a Armando Salles
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André Bandeira esteve novamente no cruzamento e constatou a gravidade da situação

André Bandeira esteve novamente no cruzamento e constatou a gravidade da situação
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Cruzamento é palco constante de acidentes e atropelamentos

Cruzamento é palco constante de acidentes e atropelamentos
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Colisão ocorreu antes do semáforo no sentido Centro-Vila Rezende da avenida Armando Salles

Colisão ocorreu antes do semáforo no sentido Centro-Vila Rezende da avenida Armando Salles
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Cruzamento é palco constante de acidentes e atropelamentos

Cruzamento é palco constante de acidentes e atropelamentos
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Calçada no canteiro da rua dos Operários, perto de avenida, é inadequada para cadeirante

Calçada no canteiro da rua dos Operários, perto de avenida, é inadequada para cadeirante
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Vereador esteve novamente no cruzamento e constatou a gravidade da situação

Vereador esteve novamente no cruzamento e constatou a gravidade da situação
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André Bandeira precisou de ajuda para superar falta de acessibilidade em calçadas

André Bandeira precisou de ajuda para superar falta de acessibilidade em calçadas
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Batida de pequeno caminhão em Cruze empurrou o automóvel para além do limite imposto pela faixa

Batida de pequeno caminhão em Cruze empurrou o automóvel para além do limite imposto pela faixa
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Cruzamento é palco constante de acidentes e atropelamentos

Cruzamento é palco constante de acidentes e atropelamentos
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Batida de pequeno caminhão em Cruze empurrou o automóvel para além do limite imposto pela faixa




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Minutos antes, o frentista Silvio Viscovo já tinha feito o alerta: “Se ficar meia hora aqui, você escuta uma freada”.

Não chegou a tanto. Na manhã desta quinta-feira (26), menos de 20 minutos após chegar ao cruzamento da avenida Armando Salles de Oliveira com a rua Regente Feijó, a reportagem da Câmara flagrou a batida de um caminhão de pequeno porte na traseira de um Chevrolet Cruze.

O motivo? A mania de boa parte dos motoristas em acelerar o veículo quando o semáforo está amarelo para “aproveitar” o caminho livre. Mas o condutor do Cruze resolveu seguir o aviso de alerta ––significado que se atribui ao amarelo do sinal–– e parou no cruzamento para aguardar o vermelho.

O motorista do caminhãozinho não teve o mesmo raciocínio e manteve o “embalo” com que descia a Armando Salles. Por sorte, não houve danos de maior gravidade nem aos condutores, nem aos veículos envolvidos na colisão.

Mas o acidente só reforçou a reclamação que moradores, comerciantes, pedestres e motoristas fazem todos os dias: a latente falta de segurança no cruzamento, resultado de um conjunto de fatores que incluem imprudência de quem está ao volante, ausência de um sinal de pedestres, falta de calçadas acessíveis e dessincronia dos semáforos.

A situação da via já motivou várias indicações do vereador André Bandeira (PSDB) à Prefeitura, cobrando maior atenção ao trecho. Como não foram tomadas medidas efetivas que reduzam os riscos a que pedestres e motoristas estão expostos diariamente, o parlamentar esteve novamente no local, nesta quinta-feira, para ouvir quem passava por lá e reforçar seu pedido ao Executivo.

“O problema desse cruzamento da avenida Armando Salles com a rua Regente Feijó é pertinente. Há muito tempo a gente vem sendo cobrado das dificuldades dos pedestres para fazer a travessia dele. Temos várias empresas instaladas aqui ao lado, com muitos trabalhadores que, por necessidade, têm de fazer a travessia da avenida, que, mesmo não sendo horário de pico, apresenta grande movimento, tanto de ônibus e caminhões quanto de veículos”, observou André Bandeira.

As respostas sobre o que é preciso fazer para garantir um mínimo de segurança no cruzamento vieram de pedestres e comerciantes que foram até o vereador levar suas reclamações.

“Essa é uma avenida muito perigosa: toda semana ocorrem acidentes e atropelamentos ––um ano atrás, houve até o falecimento de uma pessoa. Percebemos, aqui no posto, que falta um semáforo com temporizador”, comentou Juliano Furlan, contador do posto de combustíveis situado exatamente numa das esquinas do ponto de maior perigo.

Para ele, uma das razões para o elevado número de acidentes no local é o comportamento dos motoristas ante o radar de detecção de velocidade instalado pouco antes do semáforo situado no sentido Centro-Vila Rezende da avenida. “As pessoas ficam, muitas vezes, mais preocupadas com o radar e desaceleram para ele não pegar [alguma infração]. Aí, vem um carro atrás [em maior velocidade] e geralmente há a colisão.”

Frentista do mesmo posto, Silvio Viscovo, que dera o conselho reproduzido no início desta reportagem, destaca outro ponto que agrava a situação no cruzamento da avenida Armando Salles de Oliveira com a rua Regente Feijó: a falta de sincronia do semáforo instalado no sentido Centro-Vila Rezende com os que o antecedem obriga os motoristas a aumentarem a velocidade se quiserem aproveitá-lo quando está no verde. Com isso, quem arca com a consequência é o pedestre, que fica sob grande risco de ser atropelado.

“Toda semana, isso aqui é um perigo. No horário de pico, então, é uma loucura. Às vezes, a gente escuta a freada e só fica vendo se vai vir “bordoada””, relata o frentista, que até proibiu sua mãe de cruzar a avenida naquela altura. “Eu não a deixo atravessar aqui, ainda mais depois que uma mulher morreu atropelada, cinco meses atrás.”

DESRESPEITO - Se não bastasse, outros quatro problemas tornam o trecho ainda mais perigoso. A consultora de vendas Marisa Guimarães reclama que os ônibus do transporte coletivo não respeitam quando fecha o sinal para quem está no sentido Centro-Vila Rezende da avenida Armando Salles de Oliveira e avançam mesmo que já tenha aparecido o vermelho.

As marcas de pneus na faixa de pedestres recém-pintada são, segundo Marisa, a prova das freadas dadas pelos veículos que, trafegando pela avenida, reduzem bruscamente a velocidade quando o semáforo fecha. “A gente está passando e os carros param em cima da gente. Todos atravessam aqui, mas não temos condições de passar, pois não há sinal para pedestre. Nós precisamos de um, é a melhor solução”, avalia a consultora de vendas, que, até hoje em vão, já fez sua parte para tentar reduzir a insegurança que sente no dia a dia. “Eu já liguei para o 156 da Prefeitura, pedindo para que o engenheiro de tráfico compareça e observe que estamos necessitando de uma travessia melhor.”

O segundo fator que agrava a situação é a dificuldade de visualizar os veículos enfrentada por pedestres que atravessam a Armando Salles, vindo do bairro Cidade Jardim com destino ao Centro. Os veículos que descem a rua Regente Feijó para pegar o sentido Centro-Vila Rezende da avenida normalmente fazem a conversão em alta velocidade, num trecho que “encobre” qualquer tentativa de enxergar se há algum pedestre tentando fazer a travessia da via. “O carro que desce ali não tem visão do pedestre. No amarelo, ele vira com tudo, enquanto o pedestre está na faixa”, diz Silvio Viscovo.

O terceiro problema é o pouco tempo que os pedestres têm para cruzar a avenida, algo que só endossa a necessidade de um semáforo com botoneira para ser usado por quem está a pé. “A dificuldade é o cruzamento: quando fecha um sinal, já abre o outro, e o acesso fica muito difícil. O amarelo é um perigo para nós: achamos que podemos atravessar, porque ele não abriu ainda, mas o motorista que tem de parar ali não para e acaba passando. A gente necessita de um semáforo para pedestres”, reforça Marisa Guimarães.

Por fim, nem as calçadas nem o canteiro central possuem guias rebaixadas para a travessia de pessoas com dificuldades de locomoção, como constatou, no local, André Bandeira, que precisou que “empinassem” sua cadeira de rodas para poder atravessar de um lado a outro a avenida Armando Salles.

PEDIDOS POR MELHORIAS - O vereador sugere uma série de melhorias no cruzamento para aumentar a segurança de pedestres e motoristas. Ele, que já encaminhou diversas indicações ao Executivo, voltará a acionar a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes para que as cobranças suas e da população sejam atendidas.

Entre os pedidos, estão a instalação de temporizador no semáforo da avenida Armando Salles, no sentido Centro-Vila Rezende, já que, hoje, o aparelho que faz a contagem regressiva do verde existe apenas no semáforo do sentido Vila Rezende-Centro. “É algo que indicamos para todos os semáforos. O temporizador dá uma condição melhor para o motorista se policiar, principalmente nesse lado [sentido Centro-Vila Rezende] que tem o radar.”

Outra solicitação a ser feita pelo vereador é a colocação de um sinal com botoneira para pedestres. “A grande dificuldade é que, quando o sinal fecha para um dos lados, ele automaticamente já abre para quem vem pela Regente Feijó, que oferece três opções ao motorista: ou seguir reto, cruzando a avenida; ou pegar a avenida pelo lado esquerdo, sentido Vila Rezende; ou virar para o lado direito, sentido Centro. E não existe tempo nenhum para o pedestre fazer a travessia.”

Além disso, André Bandeira cobrará a realização de adaptações que garantam maior acessibilidade às pessoas com dificuldades de locomoção: “Não existem guias rebaixadas tanto no canteiro central quanto em nenhum dos lados da avenida. E, pior, ali no canteiro da rua dos Operários, na marginal da avenida Armando Salles, nem sequer cabe uma cadeira de rodas: o cadeirante não consegue atravessar e subir na calçada do outro lado, porque ela é extremamente estreita”.

“Mais uma vez, vamos cobrar da Prefeitura um posicionamento que venha a diminuir o risco de acidentes para os motoristas que passam por esse local todos os dias e, principalmente, dos pedestres, para que tenham mais segurança em fazer a travessia”, finalizou o vereador.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Trânsito e Transportes André Bandeira

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