24 DE JULHO DE 2017
Conversa tratou do funcionamento do futuro Hospital Regional e da necessidade de atenções básicas à saúde.
Dirceu reuniu-se com diretoras e articuladora do DRS-X
Na manhã desta segunda-feira (24), o vereador Dirceu Alves da Silva (SD) foi ao DRS-X (Departamento Regional de Saúde) "Dr. Laury Cullen" conversar com representantes da diretoria sobre o funcionamento do futuro Hospital Regional e a necessidade de atenções básicas à saúde da população.
Estiveram presentes na reunião a diretora técnica de Saúde, Maria Clélia Bauer, a diretora técnica do Centro de Planejamento e Avaliação e Saúde, Benedita Maria de Castro, e a articuladora da Atenção Básica, Bernadete Terezinha Viana.
Segundo informações da diretora técnica de Saúde, o Hospital Regional está em fase de entrega e irá passar por um processo de cessão de permissão de uso e escolha para a definição de parceiros.
O hospital funcionará de portas fechadas e sem pronto-socorro. Os pacientes serão referenciados pelos serviços das secretarias dos 26 municípios e encaminhados de acordo com a qualificação e a necessidade já definidas. Como será um hospital cirúrgico, não atenderá por livre demanda.
"Precisamos ter gestão e qualificação dos serviços, que começam na atenção básica. Investir em organização e regularização. A primeira coisa que é preciso ter nos municípios são uma atenção básica bem organizada, uma regulamentação bem feita e um controle da qualidade dos serviços. As pessoas precisam aprender que, primeiro, precisam ir a uma Unidade Básica da sua região e, só depois, procurar o serviço especializado", explicou Maria Clélia.
A solução, segundo a diretora, é investir mais nas unidades básicas, como maneira de prevenção. "Gastamos muito em hospital porque investimos pouco nas unidades básicas", ressaltou.
Uma das carências apontadas pelas representantes do DRS-X é a falta de qualidade no atendimento médico, algo básico para um bom funcionamento da rede. Segundo elas, as pessoas querem ser ouvidas e acolhidas, o que muitas vezes não acontece.
"É importante que os médicos acolham e atendam as pessoas com qualidade, ouçam seus problemas com atenção. A principal maneira de fazer com que isso ocorra é estabelecer vínculos profissionais e, sobretudo, a impessoalidade no atendimento", disse a diretora técnica do Centro de Planejamento e Avaliação e Saúde.
Segundo Benedita, todos os 14 hospitais que já existem na região estão credenciados ao SUS (Sistema Único de Saúde). O objetivo do Hospital Regional é ser complementar, e não substituir algum dos que já existem. "Não faz sentido investir dinheiro em um hospital para fazer a mesma coisa que os outros já fazem. O Hospital Regional foi criado para que tenha um atendimento e uma funcionalidade diferenciados de tudo o que os outros já fazem", observou.
No que diz respeito ao atendimento oferecido pelo SUS, Clélia acredita que, para um bom funcionamento, "é preciso planejamento forte, gestão firme, recursos públicos e pessoas que tenham compromisso, se dediquem com responsabilidade e atendam e acolham a todos os pacientes em suas individualidades".
Dirceu agradeceu a atenção das diretoras e da articuladora, comprometeu-se a inteirar-se sobre as leis que auxiliam na qualificação e no progresso da rede municipal de saúde e falou sobre a importância de se investir em atitudes preventivas como forma de solucionar os problemas na área.