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30 DE JUNHO DE 2014

Dirceu leva autoridades para discutir segurança no Vila Sônia


Reativação de Conselho de Segurança foi recomendado



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (1 de 4) Salvar imagem em alta resolução

Aproximadamente 40 moradores compareceram em encontro no Centro Social do bairro

Aproximadamente 40 moradores compareceram em encontro no Centro Social do bairro
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Aproximadamente 40 moradores compareceram em encontro no Centro Social do bairro

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Aproximadamente 40 moradores compareceram em encontro no Centro Social do bairro



Moradores do Vila Sônia, na região de Santa Teresinha, estão acuados com a violência após o fechamento da base da Polícia Militar no bairro. Reunidos na última sexta-feira (27), eles relataram os problemas às autoridades policiais, que recomendaram a reativação do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança). A realização do encontro ocorreu por iniciativa do vereador Dirceu Alves da Silva (PROS).

A população se mostrou descontente com o fechamento da base na avenida Corcovado, próxima ao terminal de ônibus. O imóvel foi construído em 1999, com recursos da comunidade. A desativação aconteceu no início do primeiro semestre. Outra queixa foi o mal funcionamento das câmeras da Cemel (Central de Monitoramento Eletrônico).

Ao percorrer o bairro e receber frequentes reclamações da comunidade, Dirceu encaminhou, em 12 de março, um ofício ao comando da PM relatando a revolta com a falta de policiamento nas escolas particulares, estaduais e municipais, agências bancárias, empresas, comércio e indústrias. No documento, o parlamentar também apela para que a corporação avalie a reativação da base.

Proprietário de uma farmácia no Vila Sônia, Luiz Degaspari, conhecido como Zinhão, integrou o Conseg em 1997, ocupando inclusive a presidência por um período. Conforme destacou, as reuniões seguiram até aproximadamente 2002, mas interferências políticas no período descontinuaram as atividades. 

Para Degaspari, falta integração entre os agentes de segurança e a comunidade. Tal quesito, definiu ele, é o que difere a atuação das autoridades no passado. “Antes os policiais sabiam quais eram as necessidades, percorriam o comércio para nos ouvir. Volto a fazer este convite a eles, que nos visitem e conheçam nossa realidade.” 

O líder comunitário Manoel José de Novaes disse que recebe reclamações frequentes. Com o crescimento do bairro, ele diz ser impossível circular tranquilamente após as 21h. “Santa Teresinha é maior que 250 cidades do Estado de São Paulo. A população precisa participar mais e buscar soluções para sanar as dificuldades.”

Adriana Fogassa, que está há 35 anos no Vila Sônia, solicitou instrução sobre como proceder em situações adversas, incluindo ofensas de menores e ameaças com o uso de armas brancas. “Tenho a impressão que o pai e a mãe de família não são respaldados pela lei”, disse, em tom de desabafo.

Os questionamentos foram respondidos pela major Adriana Sgrigneiro Nunes, do 10º BPM-I (Batalhão da Polícia Militar do Interior), e pelo comandante Silas Romualdo, da Guarda Civil Municipal.

Segundo a major, a Polícia Militar iniciou na última terça-feira (24) a discussão para implantar um plano de segurança pública, em parceria com o Executivo, Legislativo e população, por meio de audiências públicas. Por contemplar uma visão “macro” de Piracicaba, as discussões irão avaliar a possibilidade de Santa Teresinha receber uma companhia específica da PM.

Para Adriana, a medida para amenizar a violência é a reativação do Conselho Comunitário de Segurança, com apoio do Estado e reuniões ordinárias mensais para analisar, planejar e acompanhar as demandas. O mecanismo é uma forma de as lideranças estreitar laços com as autoridades. “É preciso formar o Conseg e mantê-lo também nos momentos em que os problemas do bairro desaparecem.” 

Com relação ao fechamento da base na avenida Corcovado, Adriana explicou que a unidade funcionava com um policial, em horário comercial, e que o imóvel sofria com infestação de carrapatos e falta de equipamentos. “Foram várias tentativas de reformas, inviabilizadas porque a base está num terreno que não é nosso e nem da prefeitura, mas de propriedade do DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem).”

Silas Romualdo esclareceu que a função constitucional da guarda é zelar da segurança patrimonial e que 70% dos profissionais realiza o trabalho no município. O restante atua como coadjuvante na segurança, em parceria com a Polícia Militar, incluindo viaturas no trabalho preventivo. “Somos colaboradores da segurança e trabalhamos dentro do possível.” 

Por mês, a Guarda Civil faz, em média, 40 fragrantes, sendo 30% por tráfico de drogas. O comandante anunciou a realização de concurso no segundo semestre para ampliar o efetivo, atualmente de 430 agentes. Sobre a Cemel, Romualdo destacou que um conserto de câmera leva até três meses e que muitas são perdidas por atos de vandalismo.

Ao término do encontro, o vereador Dirceu Alves da Silva avaliou o debate como positivo e lembrou que irá dar o suporte necessário para que a comunidade reative o Conseg. Dirceu também é favorável à implantação de uma companhia da PM na região, que possui mais de 40 bairros. “A segurança é o clamor de todos e nestas horas vamos trabalhar para que a população se una para superar os problemas”, destacou o parlamentar.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Segurança Dirceu Alves

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