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11 DE SETEMBRO DE 2017

Coronel Adriana articula área para construção da 1ª Cia. da PM


Vereadora detalha negociação para cessão do terreno no Jardim Esplanada



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Assessoria parlamentar (1 de 2) Salvar imagem em alta resolução

No dia 1º de agosto, Adriana conheceu área com o coronel Cerqueira Leite e o major Paulo Roberto Borges

No dia 1º de agosto, Adriana conheceu área com o coronel Cerqueira Leite e o major Paulo Roberto Borges
Foto: Assessoria parlamentar (2 de 2) Salvar imagem em alta resolução

Vereadora foi recebida pelo prefeito Barjas Negri no Centro Cívico

Vereadora foi recebida pelo prefeito Barjas Negri no Centro Cívico
Foto: Assessoria parlamentar Salvar imagem em alta resolução

No dia 1º de agosto, Adriana conheceu área com o coronel Cerqueira Leite e o major Paulo Roberto Borges



A preservação da ordem pública, o cumprimento das leis, o combate ao crime e a proteção às pessoas estão entre as atribuições da Polícia Militar, algo presenciado de perto por Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, que desde meados da década de 80 tem sua trajetória profissional ligada à segurança pública.

Os últimos 10 anos, ela dedicou à terra natal, Piracicaba, onde ocupou, até o ano passado, a função de coronel, posto que deixou para exercer as atividades legislativas a partir de janeiro. Como vereadora, uma de suas frentes de trabalho é a busca por melhorias na área, já com reflexos positivos. Vem dela a interlocução direta para que a 1ª Companhia na cidade ganhe uma nova sede, no Jardim Esplanada.

Vereadora pelo PPS, a Coronel Adriana, como é chamada na Câmara, lamenta a falta de um olhar humanizado sobre as funções das autoridades policiais. Afinal, como assegurar a ordem, sem a infraestrutura adequada?

Exemplos não faltam: 75% dos policiais que atuam em Piracicaba residem em municípios vizinhos. Aqui chegam, muitas vezes de madrugada, sem local para descanso ou banho enquanto aguardam o início do expediente. “A rotina do policial militar é muito diferente de qualquer outra. Nas 12 horas de serviço, ele tem que estar na escuta. Por isso, são necessárias condições de trabalho diferenciadas. É uma função sui generis”, diz Adriana.

Ela é a capaz de falar sobre cada uma das companhias – a 1 ª, na Paulista; a 4ª, no São Dimas; e a 5ª, no Nova Piracicaba – e elencar as várias necessidades. Nestes locais estão, além de profissionais, seus ex-colegas de trabalhos, os quais, pela proximidade, chama de “meninos”. “É tudo no ´sevirômetro’. Não existe um plano institucional”, completa, fazendo referência ao fato de os policiais se desdobrarem, mesmo em condições adversas.

Em todos os cenários, os prédios que abrigam as companhias são marcados pela improvisação. Nenhuma unidade dispõe de sala exclusiva para o atendimento ao público no registro das ocorrências, o que também acarreta na falta de privacidade na comunicação que requer maior sigilo entre um policial e outro. “É uma questão de salvaguarda do cidadão e do policial”, lembra.

A falta de estacionamento nas companhias é algo que preocupa a vereadora. Adriana cita o aumento no fluxo do trânsito na avenida Doutor Paulo de Moraes, pois frequentemente a 1ª Cia. é procurada em função das ocorrências de trânsito. A título de ilustração, por ano a cidade tem mais de 5 mil acidentes de trânsito sem vítimas, isso apenas os registrados pela Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes).

“É uma questão que precisa ser resolvida, não só pela melhoria das condições de trabalho, mas no aspecto da infraestrutura urbana. Acontece na Doutor Paulo de Moraes, mas na avenida Presidente Kennedy (área da 5ª Cia.) é a mesma coisa. É imprescindível um olhar diferenciado para isso.”

Sem estacionamento para as viaturas, os automóveis permanecem nas ruas, sujeitos às intempéries e também a atitudes de vandalismo, como já ocorreu na cidade em casos de ateamentos de fogo.

Outro exemplo é a 4ª Companhia de Polícia Militar, instalada na rua Padre Lopes, 447, no bairro São Dimas, onde funcionou a Base Comunitária de Segurança da Policia Militar. No local, há apenas um banheiro para quase 100 pessoas, que é compartilhado com o público.

Sobre a 1º Companhia da Polícia Militar, atualmente na avenida Doutor Paulo de Moraes, 328, Adriana percebeu boa vontade de articulação do Executivo local, mesmo diante da falta de recursos no Orçamento.

No dia 1º de agosto, encerradas as comemorações dos 250 anos de Piracicaba na praça José Bonifácio, a vereadora esteve no Jardim Esplanada, onde há um terreno que pode ser cedido pelo município para a construção do prédio, acompanhada do tenente coronel Willians de Cerqueira Leite Martins, comandante do 10º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Estado de São Paulo), e do major Paulo Roberto Borges.

A conversa prosseguiu e, no dia 16 do mesmo mês, Adriana participou de reunião no Centro Cívico, onde tratou do assunto com o prefeito Barjas Negri (PSDB), o capitão Rodrigo Lopes, comandante da 1ª Cia, e o secretário de Obras, Arthur Ribeiro.

Adriana explica que não bastam um terreno livre ou prédio disponível. A instalação de uma companhia da PM demanda vários pré-requisitos técnicos, padronizados pela corporação. No caso de imóveis residenciais ou industriais, as dificuldades de adequação são grandes, em quesitos como localização, atendimento ao público e suporte adequado aos profissionais para a guarda do material de trabalho, refeitório e vestiários.

A vereadora acredita que, finalmente, a área oferecida pelo Executivo no Jardim Esplanada cumpre as exigências, o que colaborou para o avanço da negociação. Além da sede da futura sede da 1ª Cia., a conversa com o prefeito Barjas Negri também se mostrou positiva para a cessão de um segundo terreno, em Santa Teresinha, neste caso para servir a 5ª Companhia de Polícia Militar, há pouco mais de seis anos na avenida Presidente Kennedy, 918, no Nova Piracicaba.

Encerrada a fase de articulação, já começaram as tratativas para a elaboração do projeto por ambos os poderes Executivos (municipal e estadual). A Câmara precisará aprovar a medida, outro momento em que Adriana atuará efetivamente, para articular votos em favor.

E será preciso ir além. Para isso, a vereadora tem disposição de sobra: angariar recursos do Governo do Estado de São Paulo. Neste caso, seu trabalho será o de sensibilizar os deputados para a destinação de emendas para a segurança pública, uma vez que a cultura sempre foi a de direcionar verbas em outras áreas.

“É preciso que o município se envolva, pois é ele que usufrui do trabalho da PM. É justo”, defende a vereadora. “Várias instituições foram instaladas na cidade com o apoio forte da prefeitura. E, para o policiamento ostensivo, que está nas ruas 24 horas por dia, não houve esse olhar”, diz Adriana, com os olhos marejados e a fala enfática de quem sentiu todos os problemas. “Vivi a vida deles, andei com eles e sei do empenho de cada um. A tropa da cidade é muito boa, é diferenciada”.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Segurança Adriana Nunes

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