O vereador Chico Almeida (PT) reuniu-se nesta terça-feira (6) com o presidente da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba), Walter Godoy dos Santos, para tratar sobre a invasão do terreno localizado na rua Emílio Bertozzi, no bairro Algodoal.

A área invadida é institucional, ou seja, deve ser destinada à construção de praças, escolas, postos de saúde e outros prédios que beneficiem a população, não podendo ser usada para loteamento.

Convidadas pelo vereador, duas pessoas que ocupam a área no Algodoal participaram da reunião, a fim de tirar dúvidas e questionar a Emdhap sobre a situação das mais de 400 pessoas que estão alojadas no terreno. As casas construídas pelas famílias no local já contam com energia elétrica e água, que chegam através de ligações irregulares.

As duas pessoas da ocupação que participaram da reunião afirmaram que gostariam de permanecer na área e que estão dispostas até a pagar um valor à Prefeitura para residirem ali. A líder do grupo, Eunice da Silva, espera por uma casa há 17 anos e diz já ter perdido as esperanças e que, por isso, invadiu o terreno no Algodoal.

Godoy deixou claro que as pessoas que ocupam a área terão que deixá-la. Segundo ele, invadir um local não é premissa para se conseguir uma casa e que o processo para obtê-la "é complicado, porque depende de diversos fatores, além da burocracia". "A construção de casas pela cidade é complicada. É preciso encontrar terrenos que sigam todas as normas ambientais e burocráticas. A construção demanda tempo e verba, e não demora menos de dois anos", afirmou.

Godoy explicou que até o fim do mandato do prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) está prevista a entrega de 6.300 novas unidades residenciais. Para as pessoas de baixa renda, estão sendo construídas 1.200 unidades, de um total de 4.000 planejadas. Quem tem renda acima de R$ 1.600 pode entrar em programas que atendam sua faixa, como o Minha Casa Minha Vida e os financiamentos da Caixa.

Quanto à invasão no Algodoal, Godoy disse que não pode solucionar a situação ––segundo ele, essa responsabilidade é da Defesa Civil, da Procuradoria Geral do Município e da Semdes (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social). Chico Almeida reforçou o compromisso de estar atento às necessidades da população e cobrar as autoridades para que essa situação seja resolvida o mais rápido possível.