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15 DE AGOSTO DE 2017

Câmara quer mais detalhes sobre projeto que altera Estatuto da Guarda


Projeto do Executivo 11/2017 acrescenta dispositivos na lei a fim de regulamentar atribuições de fiscalização de trânsito pela Guarda Civil Municipal.



EM PIRACICABA (SP)  

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Câmara quer mais detalhes sobre projeto que altera Estatuto da Guarda

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Dúvidas. Muitas delas restaram nesta segunda-feira (14) após a aprovação, em primeira discussão, do Projeto de Lei Complementar 11/2017, que altera o Estatuto da Guarda Civil Municipal e lhe concede novas atribuições. Essencialmente, as mudanças adequam a corporação à legislação federal e permite que fiscalize e autue nas infrações de trânsito.

O receio de que os mecanismos se somem aos já existem para punição da população fez com que a Mesa Diretora solicitasse a presença do Secretário Municipal de Trânsito e Transportes, Jorge Akira, e da tenente Lucineide Maciel Corrêa, comandante da Guarda Civil Municipal, para uma reunião com os vereadores, que antecedeu à votação na noite desta segunda-feira (14). Não satisfeitos, o presidente Matheus Erler fez o encaminhamento para a votação em primeira discussão, mas na quinta-feira (17) ambos retornam à Casa para explanar em Plenário as razões para que o Executivo elaborasse o projeto.

A preocupação comum a vários vereadores é quanto a aplicabilidade da nova lei e se a prefeitura realizaria ações de orientação e esclarecimentos à população. Foram sugeridas campanhas de orientações e exposta a preocupação quanto ao efetivo da Guarda Municipal deslocado às novas atribuições, a fim de que não sejam afetadas as atividades atuais, como a preservação do patrimônio público.

A comandante da Guarda Municipal informou que 135 servidores estão sendo capacitados e que o objetivo é agilizar o trabalho e conceder autonomia para “fazer o serviço completo”.

O presidente Mathues Erler (PTB) informou que vai suspender o expediente da 44ª Reunião Ordinária a fim de que as informações compartilhadas com os vereadores cheguem à população, ressaltando as que indicam que o objetivo é de reduzir os índices de violência no trânsito. “Aprovar uma lei que regulamenta o comportamento das pessoas não é a vontade desta Casa. É a responsabilidade do legislador acima da nossa vontade”, disse.

DISCUSSÃO EM PLENÁRIO – Após concordarem com a aprovação do projeto, com ressalvas dos vereadores Lair Braga, Laércio Trevisan Jr., Paulo Campos, Aldisa Marques, o Paraná, e Adriana Nunes, a Coronel Adriana, os parlamentares foram a plenário para um debate com o objetivo de aprofundar o entendimento sobre o projeto.

Primeiro a usar a tribuna para reiterar o voto contra o projeto, o vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) disse que não dá para falar de impunidade, porque em Piracicaba já temos a Polícia Militar e os Agentes de Trânsito, que multam, atuando nesta área.

"Não se estrutura a Guarda Civil para combater a criminalidade e o tráfico", disse o parlamentar. Trevisan Jr. também indagou sobre o adicional da Guarda Municipal, sendo que a questão está pendente na justiça, mediante liminar que derrubou emenda apresentada na Câmara. "Precisamos de uma Guarda para combater a criminalidade e não para ficar multando", concluiu o parlamentar.

O vereador Aldisa Vieira Marques, o Paraná (PPS), usou a tribuna da Câmara para dizer que é favorável ao projeto, mas que a população seja informada sobre o dia que a Guarda Civil Municipal vai iniciar o processo de multas, para que não fique com medo, assim como acontecem com a colocação de muitos radares pela cidade.

O vereador Paulo Campos (PSD) falou da importância da Guarda para Piracicaba e apresentou dados técnicos para mostrar que a prefeitura, no ano passado, arrecadou 54% a mais nos quatro primeiros meses do ano de 2017 com multas de trânsito. "A multa deve ter o caráter pedagógico, para que se crie a educação no trânsito", concluiu o parlamentar, na defesa de que a população seja envolvida em campanhas de conscientização.

Lair Braga (SD) recorreu a legislações que já atribuem competência aos guardas civis municipais o papel de multas no trânsito, em consonância com o Código Brasileiro de Trânsito, mediante a criação de convênios. No entanto, o parlamentar disse que precisa buscar mais conhecimento em legislações federais para apreciar o projeto do Executivo sobre a competência da Guarda Municipal assumir o papel de multas de trânsito.

Coronel Adriana (PPS) fechou o ciclo de discussões, que culminou na aprovação do projeto em primeira discussão, para mostrar que, sob a ótica da lei 9503 (Código Brasileiro de Trânsito), que regula tudo o que se pode ser feito no trânsito. Lembrou que a Guarda Civil existe desde 1988, sendo que está prevista na Constituição a competência dos prefeitos municipais, se quiserem instituirem as guardas.

A parlamentar informou também que desde 1988 os prefeitos deveriam criar leis regulamentando os serviços da Guarda. "O ideal é que todos pudessem mesmo ter a competência de multar", concluiu a parlamentar, reconhecendo que a sociedade precisa passar por processo de educação no trânsito.

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Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939 Valéria Rodrigues - MTB 23.343
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo

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