Uma reunião entre representantes do Pira 21 ––organização que busca refletir sobre os rumos de Piracicaba–– e o presidente da Câmara, João Manoel dos Santos (PTB), selou a inclusão do Legislativo local na nova revisão pela qual a Agenda 21 passará e que terá validade para o período que vai de 2016 a 2025. É a terceira vez que o documento, lançado no início deste século, receberá atualizações.

O Pira 21 é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) criada para gerir a Agenda 21, que projeta objetivos e planos de ação de longo prazo para a cidade. O grupo de quatro pessoas que visitou a Câmara na manhã da última quinta-feira (29) é responsável pela "dimensão política" do documento, que também engloba outras cinco "faces" (ambiental, social, econômica, urbana e rural).

Fazem parte dele Dagmar Silva Pinto de Castro, professora do Programa de Doutorado em Administração da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba); André Luis Bertassi, professor da Universidade Federal de São João del-Rei e doutorando na Unimep; Sandra Novaes, gestora de projetos do Pira 21; e Rosa Moraes, secretária extraordinária do Pira 21 e coordenadora da revisão da Agenda 21.

A inclusão da Câmara na Agenda 21 permitirá mostrar as atividades desenvolvidas pelo Legislativo piracicabano, o que inclui tanto os projetos que passam pelo plenário e se tornam leis, quanto as ações dos vereadores nos bairros para o atendimento das demandas da população e o trabalho feito pelos servidores da Casa, no suporte dado aos parlamentares.

"A sociedade precisa conhecer o que é esta Casa e seu grau de importância. Nós temos todo um corpo administrativo que sustenta os processos que são discutidos aqui", destacou Dagmar Castro, que também enalteceu a participação da Unimep nos esforços para a revisão da Agenda 21. "Essa relação entre saber e poder precisa ser recuperada."

Para Rosa Moraes, a introdução do Poder Legislativo de Piracicaba no documento que abrangerá o período de 2016 a 2025 visa dar representatividade ao povo. "A Agenda 21 é um plano estratégico que busca a sustentabilidade do município num prazo de 10 anos, e ela é construída pelo povo. É impossível falar de uma Agenda 21 sem falar da Câmara. Os vereadores são os nossos representantes e vão nos ajudar a impulsionar os projetos que são a vontade popular para que isso seja concebido dentro do Poder Executivo. Assim, a Câmara tem uma função primordial dentro deste processo."

Para João Manoel, a citação dos trabalhos da Casa pela Agenda 21 reforça a importância de a cidade contar com um Parlamento "forte e participativo". "O Legislativo é o primeiro poder dentro de um país democrático", lembrou o vereador, que participou da reunião acompanhado da diretora do Departamento Administrativo-Financeiro da Câmara, Kátia Garcia Mesquita.