O acréscimo de uma área de quase 1,5 milhão de metros quadrados da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo) ao Parque Tecnológico Piracicaba de Bioenergia foi tema de audiência pública na Câmara na noite desta terça-feira (18). A proposta está no projeto de lei complementar 18/2016, que ainda será votado pelo plenário em reunião ordinária.

Autoridades e convidados expressaram otimismo com a iniciativa, que partiu do Executivo municipal. "A ampliação do zoneamento da área do Parque Tecnológico, saindo de 774 mil metros quadrados para pouco mais de 2,2 milhões de metros quadrados, incluindo uma área de propriedade da Esalq, trará benefícios ao Parque Tecnológico, às empresas da cidade, à Prefeitura e à comunidade", afirmou Flávio Castelar, diretor-executivo do Parque Tecnológico e do Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool).

"Isso vai permitir agilizar, melhorar e ampliar a relação entre as empresas, o Parque Tecnológico e a Esalq, podendo levar para dentro dessa área pesquisa, desenvolvimento, plantas-piloto, experimentos com culturas de cana-de-açúcar e outras que interessem às nossas empresas e que sejam desenvolvidas em parceria com a Esalq", acrescentou Castelar.

A opinião foi compartilhada pelo vereador Carlinhos Cavalcante (PPS), que, como membro da Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara, presidiu a audiência pública. "Naquela área há várias empresas instaladas que já trazem benefícios e agora, com a expansão do Parque Tecnológico, vão-se ampliar as condições para que outras possam se instalar em Piracicaba. Isso é importantíssimo para o crescimento da cidade: estamos aqui fazendo a nossa parte para dar às empresas condições de se expandirem", comentou o parlamentar.

O Parque Tecnológico está localizado às margens da rodovia que liga Piracicaba a Limeira. Seu prédio principal é uma incubadora de empresas que desenvolvem pesquisas e projetos relacionados a ciência, tecnologia e inovação ––requisito obrigatório para se instalar no imóvel. O funcionamento do Parque Tecnológico e o desenvolvimento dos projetos por ele gerenciados são custeados por repasses da Prefeitura e do governo federal, por meio da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

"O Parque Tecnológico foi criado em função de uma legislação estadual que oferece uma série de benefícios para empresas e eventos implantados no local. A proposta de ampliar para uma área que já é da Esalq visa atrair empresas e tudo o que se relacione com o objetivo do Parque Tecnológico", explicou o presidente do Ipplap (Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba), Lauro Pinotti.

O vereador Pedro Kawai (PSDB) acompanhou a audiência pública. Pelo Executivo, também estiveram presentes o procurador-geral do município, Mauro Rontani, e o secretário de governo, Camilo Antonio Barioni.